A Ucrânia pediu, esta quarta-feira, “acesso imediato” ao local na Polónia onde caiu um míssil, na terça-feira, que Varsóvia e a NATO consideram “altamente provável” ser um projétil da defesa antiaérea ucraniana.
“A Ucrânia pede acesso imediato, para representantes da Defesa e da Guarda de Fronteiras, ao local atingido”, escreveu, na rede social Twitter, o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional ucraniano, Oleksiy Danilov, que disse querer “um exame conjunto do incidente”.
“Estamos prontos para entregar a prova do vestígio russo que temos”, referiu, depois de Moscovo ter negado formalmente ser responsável por este lançamento.
O secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional ucraniano acrescentou que Kyiv “está à espera de informações dos parceiros, os quais concluíram que se tratava de um míssil de defesa aérea ucraniano”.
O Presidente polaco, Andrzej Duda, disse considerar “altamente provável” que o míssil que matou duas pessoas na terça-feira numa localidade da Polónia, perto da fronteira com a Ucrânia, tenha sido utilizado pela defesa aérea ucraniana.
Também o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, declarou esta quarta-feira que a explosão ocorrida na Polónia “foi provavelmente causada” por um míssil ucraniano, mas ressalvou que “não é culpa da Ucrânia”.
A guerra na Ucrânia dura desde 24 de fevereiro deste ano, quando a Rússia invadiu o território ucraniano e lançou ataques contra o país vizinho.
O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).