Ucrânia diz que combatente de Braga está oficialmente “desaparecido”. Legião diz que adesão foi voluntária

Entregaram pertences à família e um documento legal a dar conta da ida voluntária de
Imagem: TVI

A família de Bruno Faria, bracarense de 27 anos que se alistou na Legião Internacional para a Defesa da Ucrânia, revelou que o ‘soldado’ está oficialmente dado como “desaparecido” por aquela facção ucraniana, desde que um prédio onde alegadamente se encontrava em missão de resgate foi alvo de um bombardeamento em janeiro deste ano.

Como O MINHO noticiou no fim de semana passado, a irmã, Mariana Faria, deixou um apelo público através de uma carta aberta às mais altas instâncias do Estado português, a pedir ajuda para saber o que é feito do irmão.

Agora, em declarações à TVI, tanto a irmã como a mãe revelaram que um “representante” da ‘legião estrangeira’ ucraniana lhes entregou pertences do irmão, indicando que este poderia ter sido feito prisioneiro de guerra após o dito bombardeamento que ocorreu em território que está controlado pela Rússia. Também entregou um documento legal onde é referido que a adesão de Bruno foi voluntária.

Mariana conta que o irmão avisou que iria numa missão de resgate para salvar outros soldados em território controlado pela Rússia, dando-lhe o contacto do chefe de batalhão, pois iria ficar incontactável. Durante os primeiros dias, o chefe de batalhão comunicou com a família do bracarense, dizendo que estava tudo a correr bem. A partir de 08 de janeiro, deixou de responder. E a família nunca mais ouviu nada de Bruno.

Mariana Faria soube do bombardeamento através de um grupo do Telegram que encontrou nos contactos do irmão, onde elementos do mesmo grupo pediam ajuda para serem resgatados do dito prédio, manobra militar que o comandante do batalhão terá negado.

Depois disso, a família pediu ajuda ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e às embaixadas portuguesas na Rússia e na Ucrânia, mas ninguém tinha qualquer informação disponível sobre o paradeiro de Bruno Faria.

Com ajuda de advogados, a família conseguiu obter um documento oficial por parte das entidades ucranianas que atestam o desaparecimento de Bruno, mas que existe “impossibilidade de fazer buscas no local” por estar controlado “pelo inimigo”.

 
Total
0
Shares
Artigo Anterior

Reza muçulmana em campo de futebol em Guimarães gera polémica

Próximo Artigo

Urgência de obstetrícia de Braga a funcionar em pleno após condicionantes durante a noite

Artigos Relacionados