A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) denunciou esta semana a falta de efetivos no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Segundo o presidente, o local chegou mesmo a ter turnos de policiamento com apenas três agentes.
Segundo reportagem do JN, um agente denunciou, também, que o número de efetivos chegou a ser tão baixo que “já houve necessidade de desviar o elemento de serviço à videovigilância, o que nunca deveria acontecer”.
De acordo com este mesmo policial que presta serviço no aeroporto, ocorreu um incidente há dois meses e que, por causa do baixo contingente, obrigou um dos seus colegas a ter que receber tratamento hospitalar e a ficar de baixa médica ainda até hoje.
Na ocasião, os agentes acabaram por receber ajuda de colegas espanhóis, que estavam em trânsito.
“Um passageiro estava exaltado e, ao lado, encontravam-se alguns polícias espanhóis, de regresso ao seu país, que o acalmaram. Quando a PSP chegou, já os colegas espanhóis tinham partido e houve dificuldade em dominar o passageiro. A situação teria sido controlada em dois ou três minutos com uma equipa de intervenção rápida, mas não havia elementos para a formar”, explicou.
Uma das principais causas da situação é o desvio das forças policiais para junto das chegadas, muitas vezes solicitado para apoio do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
A ASPP emitiu este domingo um comunicado com questões ao Ministério da Administração Interna. A associação também alerta para o envelhecimento do efetivo e baixa remuneração.
