Os Transportes Urbanos de Braga (TUB) vão aumentar em 900 mil euros a sua massa salarial anual, ao abrigo do novo acordo de empresa, hoje assinado com o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL).
Segundo Sandra Cerqueira, administradora dos TUB, o aumento geral dos salários, a definição da progressão nas carreiras e a atribuição de um prémio de gestão e assiduidade são as “principais conquistas” do acordo.
“Um motorista até ao 6.º escalão, por exemplo, vai ganhar mais 97 euros por mês”, referiu, em declarações à Lusa.
Acrescentou que cada trabalhador pode receber, por ano, até 300 euros como prémio de gestão e assiduidade.
“Este acordo promove o bem-estar social, salvaguarda o melhor interesse dos trabalhadores e aporta condições favoráveis para todos”, disse Sandra Cerqueira.
A administradora dos TUB destacou que os resultados positivos obtidos por aquela empresa municipal nos últimos nove anos e o seu crescimento sustentado “se devem, sobretudo, aos esforço e conhecimento dos trabalhadores”.
“O aumento geral dos salários e o posicionamento nas novas grelhas salariais representa um relevante esforço para a empresa, mas reconhecemos que é fundamental ir ao encontro das expectativas dos trabalhadores de modo a que possam sentir-se valorizados e responder aos novos e exigentes desafios que se colocam”, afirmou.
Lembrou que a empresa tem hoje 381 trabalhadores, dos quais 254 são motoristas, prestando um “serviço essencial” à população do concelho de Braga e aos seus visitantes e satisfazendo as necessidades de mobilidade de toda a sua área geográfica.
O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, afirmou que, “face ao período de particulares dificuldades que se vive, é fundamental que a primeira resposta seja a de garantir aos cidadãos condições de dignidade para o exercício das atividades profissionais, condições de retribuição compatíveis com aquilo que são as responsabilidades que assumem e perspetivas de evolução das carreiras condizentes com as suas ambições”.
“Este acordo demonstra a importância da valorização do diálogo com os trabalhadores e os seus representantes. É um momento histórico que nos deixa especialmente orgulhosos e que resulta do empenho de todos em contribuir para encontrar consensos numa lógica de partilha”, adiantou.
O acordo tem efeitos retroativos a 01 de janeiro.