Pequenas células covectivas de trovoada formaram-se durante a madrugada sobre território minhoto, com a Rede de Descargas Elétricas Atmosféricas portuguesa a detetar raios nuvem-solo em Famalicão, Barcelos e Melgaço, na sua maioria com polaridade negativa.
De acordo com o mapa interativo que assinala o número de descargas elétricas negativas e positivas ocorridas durante as últimas 24 horas, foram registadas 478 descargas positivas e 417 negativas em todo o país, com especial incidência nas zonas de litoral.
Uma contagem manual feita esta manhã aponta para que cerca de 50 das descargas negativas ocorreram no Minho, enquanto positivas foram apenas duas.
O primeiro aviso foi em Castro Laboreiro, pouco depois das 02:00, como mostra o mapa interativo do IPMA consultado este domingo por O MINHO.
Entre as 02:00 e as 03:00, a rede do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) detetou queda de raios nuvem-solo em Melgaço, perto da localidade mais a Norte de Portugal, Cevide, mas também já em Monção, como foi o caso de Tangil.
Pelas 03:05 horas houve registo de maior atividade entre Portela (Arcos de Valdevez) e a vila de Monção, com as descargas a ocorreram ao longo da EN 101. Este foi o episódio mais forte da madrugada, com cerca de 20 descargas elétricas negativas e uma positiva.
Outro episódio registado na rede do IPMA ocorreu entre as 04:00 e as 04:10, com raios nuvem-solo a atingirem a zona de Gueral, em Barcelos, e Vilarinho das Cambas, em Famalicão, bem como nos concelhos de Póvoa de Varzim, Trofa e Maia (distrito do Porto).
A Rede de Descargas Elétricas Atmosféricas do IPMA possui quatro detetores, um deles localizado junto ao aeródromo de Braga, funciona desde junho de 2002, deteta e localiza “descargas elétricas atmosféricas (raios) no território continental e áreas oceânicas adjacentes”.
Os eventos podem ser acompanhados em tempo real, dando a noção ao cidadão de onde caem os raios que causam os trovões que acabaram de ouvir.
Segundo explica o IPMA, a maior parte dos raios chega à terra, cerca de 80%, e vêm, na sua grande maioria, com polaridade negativa. Os raios com polaridade positiva, por sua vez, costumam estar associados a uma maior descarga de energia.
Um raio pode chegar aos 20 quilómetros de comprimento e 40 mil quilómetros por segundo, atingindo corrente elétrica superior a 100Kamp.