Uma criança foi retirada da custódia da mãe por uma juíza por viver numa localidade erma da Galiza, ao invés da habitação do pai, na cidade de Marbella, no sul de Espanha. A mãe está indignada e considera esta decisão como “desprezo para com o mundo rural”.
A polémica decisão da juíza de Marbella está na ordem do dia na comunicação social espanhola, com o jornal Voz da Galícia a citar a ‘sentença’ que aponta a cidade cosmopolita como tendo “boas infra-estruturas, hospitais, escolas públicas e privadas”, entre outras valências. Diz a juíza que aquela cidade permite à criança desenvolver uma personalidade mais feliz.
Por sua vez, em relação à aldeia de Muros, na Galiza, onde a criança vive com a mãe, a juíza defende que a mesma “está longe de tudo”, apontando “falta de trabalho” como uma das possíveis consequências de lá se morar. Muros fica a 60 quilómetros de Compostela.
Já a advogada da mãe expõe aquilo que considera ser desprezo e discriminação contra a Galiza, apontando o acórdão como sendo insultuoso e injusto, assegurando que irá pedir a anulação do mesmo, por considerar a decisão imparcial.
Foi, entretanto, apresentada uma queixa no Conselho Geral da Magistratura, pedindo a anulação do despacho.