Três jornalistas acusadas de violação de segredo de justiça em caso de homicídio em Vila Verde

Do Correio da Manhã
Três jornalistas acusadas de violação de segredo de justiça em caso de homicídio em vila verde

O Ministério Público (MP) acusou três jornalistas do crime de violação de segredo de justiça, pela cobertura da concretização de mandados de busca e de detenção em Vila Verde, em junho de 2018.

Em nota hoje publicada na sua página, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto refere que o MP considerou indiciado que as jornalistas “ficaram conhecedoras, por modo não apurado, do teor de despachos que determinaram a detenção de suspeitos e a realização de buscas, proferidos em inquérito” que estava sujeito a segredo de justiça.

Ainda segundo o MP, duas das arguidas, na posse daquelas informações, deslocaram-se, no dia 14 de junho de 2018, para o local onde as buscas decorreram, em Vila Verde, fazendo a cobertura jornalística do que ia sucedendo para emissão televisiva, com filmagem do local e das pessoas envolvidas, nomeadamente de uma suspeita que participava na diligência.

No dia seguinte, e ainda segundo o MP, as três arguidas elaboraram e gravaram peça jornalística publicada no site do órgão de comunicação social para que trabalhavam, contendo filmagens dos agentes policiais e da suspeita, bem como referências a factos e a elementos de prova contidos no inquérito em investigação.

Em causa uma investigação sobre a morte de um empresário de Moure, Vila Verde, em 23 de outubro de 2017, cujo cadáver viria a ser encontrado numa carrinha abandonada em Palmeira, Braga.

O caso já foi julgado, tendo a autoria do homicídio sido atribuída ao filho da vítima, que foi condenado a quatro anos e um mês de prisão.

A viúva da vítima foi condenada a 490 euros de multa, por simulação de crime.

Após o crime, a viúva da vítima e o filho colocaram o corpo num furgão, que acabaram por deixar abandonado num descampado em Palmeira, Braga.

O corpo só foi encontrado três dias depois do crime.

Entretanto, a mulher participara à GNR o alegado “desaparecimento” do marido, alegadamente para proteger o filho.

 
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