São três. Vendiam drogas no bairro das Enguardas e junto à Central de Camionagem, em Braga. Vão ser julgados, esta segunda-feira, no Tribunal Judicial pelos crimes de tráfico de estupefacientes (dois deles) e tráfico de menor gravidade (um terceiro).
O Ministério Público diz que Mariano Montoia, de 32 anos, residente nas Enguardas se dedicou entre 2014 e 2016, à venda direta a terceiros para consumo próprio e para revenda, de canábis (resina), heroína e cocaína.
Atuava preferencialmente a partir das 21:00 na casa onde mora naquele bairro. A acusação detetou nove ocasiões, a partir do inquérito da GNR de Braga, em que vendeu drogas, com valores entre os 400 e os cinco euros.
Em janeiro de 2016, quando a polícia o deteve e lhe apreendeu canabis, estavam à porta da casa, à espera de comprar cocaína, três pessoas, que são, agora, testemunhas no caso.
Quando a GNR lhe entrou em casa, o arguido entregou 290 euros a um amigo, que estava com ele, tentando assim ocultar que lhe pertenciam. Atirou, também, para uma salamandra, que estava acesa, alguma cocaína, em quantidade não apurada, bem como objetos relacionados com a venda de drogas.
O MP concluiu, ainda, que Diogo Ribeiro, de 22 anos, de Palmeira, Braga, procedia à venda, naquele mesmo período, de canábis e MDMA (sigla para 3,4-metilenodioximetanfetamina).
Este alucinógeneo, uma espécie de versão melhorada do ecstasy, é também conhecido por alcunhas como “Michael Douglas”, “Madonna” ou “Molly”.
Fazia-o, em especial perto da Central de Camionagem e na zona das Fontainhas, tendo a polícia determinado que transacionou pelo menos em 11 ocasiões e por várias vezes em cada uma delas.
Em janeiro de 2016, a polícia deteve em casa, também nas Enguardas, o arguido Brás da Costa, de 42 anos, depois de o ver a traficar pequenas quantidades por duas vezes. Está por isso, acusado de tráfico de menor gravidade.
A acusação salienta que, aos três não lhes era conhecida qualquer atividade profissional lícita ou remunerada, e que, por isso, viviam do tráfico.
Contactado a propósito, o advogado João Ferreira Araújo, que defende o Diogo Ribeiro, disse, apenas, que se trata de um jovem, que já se deixou de drogas e quer levar uma vida normal em sociedade.