Um trem turístico vai ligar, a partir de quarta-feira, a eurocidade constituída por Monção, no Alto Minho, e por Salvaterra de Minho, na Galiza, numa iniciativa de dois privados, disse hoje o vereador do turismo da vila portuguesa.
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De acordo com Paulo Esteves o novo produto turístico vai funcionar “todo o ano” para “aproveitar o grande movimento de turistas no porto, e no aeroporto de Vigo, promovendo um destino, um território Monção/Salvaterra do Minho”.
O mega ‘tuk-tuk’, com capacidade para transportar 55 pessoas, é a aposta de um promotor galego, e outro português.
O projeto mereceu o “apoio institucional das duas autarquias, e vai ser apresentado publicamente, na quarta-feira, pelas 19:00, hora portuguesa, no parque da Canuda, em Salvaterra de Minho.
O responsável adiantou que a “união” vem ao encontro do processo de constituição da eurocidade Monção e Salvaterra do Minho, iniciado em dezembro de 2014.
O percurso turístico, com cerca de 12 quilómetros de extensão, inclui paragens e visitas a locais de “interesse” nos dois concelhos raianos.
O “comboio” atravessará a ponte internacional que liga as duas localidades, uma das cinco travessias sobre o rio Minho que garantem a ligação regular entre o Alto Minho e a Galiza.
Do lado português, o trem da “Eurocidade”, prevê visitas a oito locais da vila de Monção, públicos e privados, entre eles, o Museu do Alvarinho, as quintas que produzem aquele vinho, a adega cooperativa, o palácio da Brejoeira, as termas, as muralhas e o parque das Caldas.
Já do outro lado do rio Minho, em Salvaterra do Minho, serão visitados nove pontos de interesse turístico, patrimonial e cultural, como por exemplo o castelo daquela vila, também conhecido como castelo de Dona Urraca.
O primeiro passo com vista à criação da eurocidade Monção Salvaterra do Minho foi dado em dezembro de 2014 com a aprovação, pelo executivo de Monção, do protocolo de cooperação.
“O projeto nasce da necessidade sentida pelos executivos de ambos os concelhos de encontrarem formas de gestão e valorização do território capazes de fixar e atrair população, de criar e consolidar dinâmicas de emprego e, ainda, de garantir a fixação duradoura de investimentos reprodutivos”, lê-se no documento aprovado na altura pela autarquia.
Potenciar a cooperação na área da proteção civil, promover a partilha de equipamentos como a piscina, a biblioteca, o museu e a proteção civil, desenvolver a enologia e a gastronomia locais, o turismo, através da criação de rotas turísticas conjuntas, como as rotas fluviais, a ecopista Salvaterra/Monção/Valença e os trilhos pedestres, fomentar intercâmbios culturais e desportivos são também outras das áreas de cooperação.
Trata-se da segunda eurocidade entre municípios do distrito de Viana do Castelo e da Galiza, depois de Valença e Tui, e a terceira entre o Norte de Portugal e a Galiza, após Chaves e Verin.