A Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) anunciou hoje a abertura de um processo contraordenacional ao treinador do Portimonense, Paulo Sérgio, e a um adepto, por incidentes no Portimonense-Vizela, da I Liga de futebol.
Segundo o comunicado hoje divulgado por aquela autoridade, o processo reporta a “um incidente envolvendo um agente desportivo (treinador) e um adepto”, em concreto o treinador dos algarvios, no final do encontro de sábado, que terminou com a derrota caseira dos algarvios, por 1-0.
O técnico Paulo Sérgio dirigiu-se a um adepto que se encontrava numa das bancadas do Estádio de Portimão após o jogo e teve de ser afastado por outros elementos do clube de Portimão.
“Da próxima vez que me chamares c…, vou aí e arranco-te os olhos. Não te esqueças do que estou a dizer”, disse Paulo Sérgio ao adepto do Portimonense, como se pôde ouvir em vídeos do incidente que foram divulgados nas redes sociais.
Paulo Sérgio ameaça adepto
“Houve um adepto que gritava mais do que os outros e ofendia-me. Tem todo o direito de gritar para me mandar embora. Agora para me ofender, nos olhos, tem de ter um pouco de cuidado, porque a gente amanhã cruza-se aí e depois pode dar mau resultado.” pic.twitter.com/6SoiNWqnkv
— Cabine Desportiva (@CabineSport) March 18, 2023
A APCVD “instaurou processo para apuramento dos factos e eventuais responsabilidades decorrentes do comportamento de ambos os intervenientes”, porque pode “estar em causa a prática de ilícitos de natureza contraordenacional”.
Aquele organismo anunciou hoje a abertura de outro processo contraordenacional, que se prende com a série C da 1.ª Divisão Distrital de Braga, que opôs o Amigos de Urgeses ao São Cristóvão, na 19.ª jornada, com altercações nas bancadas e no relvado a marcarem a partida.
“Caso resultem indícios da prática de ilícitos criminais, a APCVD encaminhará para o Ministério Público todo o expediente e informação que se afigure útil para a prossecução da justiça, atendendo à competência das autoridades judiciárias para a investigação de matéria criminal”, pode ler-se na nota.