Os trabalhadores da câmara e empresas municipais de Braga marcaram, depois de reunidos em plenário, um dia de greve para 22 de setembro em reivindicação pelas 35 horas de trabalho “para todos” e avisaram que “não vão parar”.
Em declarações aos jornalistas, o representante do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), Baltazar Gonçalves, explicou que há trabalhadores no universo municipal que cumprem a jornada de trabalho de 35 horas enquanto outros cumprem 40 e acusou o presidente da autarquia, Ricardo Rio (PSD/CDS-PP/PPM), de “não querer resolver” a questão por uma “questão politica”.
Este foi o quarto plenário organizado pelo STAL e, segundo o sindicato, aquele que teve menos afluência de trabalhadores.
“Sabemos que é uma questão política. É evidente que o governo do PSD implementou as 40 horas. Esta é a câmara mais importante que o PSD tem. É evidente que isto é um modelo e o senhor presidente quer fazer carreira com isto”, acusou Baltazar Gonçalves.
Para o sindicalista, a “questão” não se resolve porque Ricardo Rio não quer: “O presidente da câmara não a quer resolver, continua a dizer que o ‘timming’ das negociações é ele que determina“, acusou, deixando um aviso.
“Nos não vamos parar, ele não nos vai vencer pelo cansaço. Isto mói, mói-nos a nós, mói a ele. Se não vier a coisa, nós só temos que ir às Assembleia Municipais, reuniões de câmara e um dia vamos marcar um plenário com uma reunião de câmara que seja aberta ao público e convidar os trabalhadores para entrar lá dentro”, apontou.
A 09 de junho os trabalhadores do universo municipal de Braga (Câmara Municipal, AGERE, Transportes Urbanos de Braga, BragaHabit e InvestBraga) cumpriram um dia de greve igualmente pela reivindicação das 35 horas de trabalho semanal.