Os trabalhadores da Ryanair/Groundlink, que prestam assistência em terra (‘handling’) à companhia aérea low-cost, convocaram uma greve total nos dias 30 e 31 de julho e 05 e 06 de agosto, além de uma paralisação parcial até outubro.
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) adiantou que “foi entregue hoje um pré-aviso de greve para as empresas Ryanair e Groundlink, a todo o trabalho suplementar, com início às 00:00 do dia 24 de julho de 2023 e até 31 de outubro de 2023, bem como paralisação total nos dias 30 e 31 de julho e 05 e 06 de agosto”.
O sindicato acusa a empresa de recuar em matérias já acordadas, no contexto das negociações para a assinatura de um acordo de empresa (AE).
“Em março de 2023 foram retomadas as negociações (interrompidas pela pandemia em 2020) com vista à assinatura de um acordo de empresa entre a Ryanair/Groundlink e o Sitava”, referiu.
Segundo o sindicato, as negociações decorreram até final de abril “num espírito construtivo que criou expectativa”, com o “objetivo de ser celebrado o acordo de empresa até final de abril, com aplicação de imediato no mês de maio”.
No entanto, não tendo sido possível assinar o AE até final de abril, “estabeleceu-se como objetivo que o mesmo ocorresse até final de maio, o que também se revelou impossível”.
Depois disso, “no dia 21 de junho, surpreendentemente, a empresa recuou em inúmeras matérias pecuniárias já acordadas, o que consideramos configurar má-fé negocial”, disse o Sitava, que, “num sinal de boa-fé”, comunicou “à empresa a sua disponibilidade para assinar o AE até 07 de julho [hoje], nos termos que já estavam discutidos e acordados pelas partes”.
“Na ausência de resposta positiva da empresa, não resta aos trabalhadores outra alternativa que não seja lutarem pelos seus direitos”, lamentou.