Os trabalhadores da empresa Tesco – Componentes para Automóveis, em Vila Nova de Famalicão, estão hoje em “mais um” dia de greve pelo cumprimento do caderno reivindicativo e afirmam que vão parar “todas as sextas” até “serem ouvidos”.
Há margem de uma das duas concentrações marcadas, que junta à porta daquela multinacional dezenas de trabalhadores, o representante do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE-NORTE), Joaquim Costa, explicou que “perante a falta de resposta da empresa os protestos vão continuar”.
“Os pontos do caderno reivindicativo prendem-se com as desigualdades salariais dentro da empresa, aumentos salariais justos, medidas contra a discriminação salarial, redução do horário de trabalho, passagem ao quadro dos trabalhadores com vínculos precários, aumento do subsídio de refeição e aumento dos dias de férias para 25 dias úteis”, enumerou o responsável.
Joaquim Costa afirmou que “os trabalhadores estão dispostos a continuar esta luta até serem ouvidos e a manter as greves à sexta-feira com duas concentrações, uma das 00.00 às 02.00, e outra no turno da tarde”.
Segundo apontou o sindicalista, “há trabalhadores a fazer a mesma função e no mesmo escalão com diferenças salariais de 50 euros”, sendo que os salários variam entre os 600 e os 750 euros.
Outra questão, referiu, “é que houve efetivamente aumento de salários, mas deu-se também o caso de trabalhadores terem sido aumentados 40 euros, outros 17 e outros nada sem qualquer explicação”.
A Tesco – Componentes para Automóveis está em Portugal há 25 anos, primeiro no concelho Trofa, tendo-se mudado para Famalicão há “cerca de 20”.