Os trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde (SCMVV), que reivindicam aumentos salariais, realizaram hoje uma greve que, segundo o sindicato, levou ao encerramento do bloco operatório e ao adiamento de consultas.
Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, a greve teve, de acordo com o dirigente sindical Francisco Figueiredo, uma “forte adesão”.
Em declarações à agência Lusa, o sindicalista contou que cerca de meia centena de funcionários se juntaram e manifestaram à porta do Hospital da Misericórdia para reivindicar “melhores salários, melhores condições de vida e de trabalho, contra a discriminação e pela defesa dos direitos” laborais.
“A greve registou uma grande adesão, tendo levado ao encerramento do bloco operatório e ao adiamento de consultas. O provedor dirigiu-se aos trabalhadores que se encontravam concentrados à porta do Hospital da Misericórdia para os tentar expulsar para a rua, mas os trabalhadores mantiveram-se firmes e não arredaram pé”, refere entretanto o sindicato, em comunicado enviado à Lusa.
A nota refere ainda que o provedor da SCMVV, Bento Morais, “chamou a GNR”, acrescentando que “as autoridades não se deixaram usar e a manifestação manteve-se”.
A Lusa contactou a SCMVV sobre esta alegada atuação do provedor e também acerca da greve, das reivindicações e das acusações dos trabalhadores, mas até ao momento não obteve resposta.
Os trabalhadores em protesto aprovaram uma moção, na qual defendem “aumentos salariais dignos e justos para todos os trabalhadores, a contagem da antiguidade e o pagamento das diuturnidades devidas, a reposição dos salários e das categorias retiradas, assim como o pagamento dos prémios sem quaisquer discriminações”.
Além disso, na moção é pedido também a “classificação profissional dos trabalhadores de acordo com as funções exercidas, a estabilidade nos horários de trabalho que permitam a conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar dos trabalhadores, a anulação do banco de horas e o pagamento do trabalho suplementar”.