Os trabalhadores da EDP reivindicam aumentos salariais de 90 euros e esperam que a empresa apresente uma contraproposta no dia 10, em vez de defender o congelamento salarial, foi hoje divulgado pela federação sindical das industrias transformadoras (Fiequimetal).
A EDP e as estruturas sindicais representativas dos trabalhadores reuniram-se na quarta-feira, pela segunda vez, no âmbito das negociações salariais anuais, mas não houve qualquer evolução no processo.
“Na reunião de ontem [quarta-feira], que na prática foi a primeira reunião negocial, nós apresentámos a fundamentação da nossa proposta reivindicativa, que prevê aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores, mas a empresa defendeu que os salários devem ficar iguais aos que foram implementados em 2020, o que para nós é inaceitável e, por isso, esperamos que na próxima reunião a EDP avance na sua posição”, disse à agência Lusa Joaquim Gervásio, dirigente da Fiequimetal.
Segundo o dirigente da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal), a empresa apenas se manifestou disponível para discutir a alteração do valor das ajudas de custo e alguns benefícios não pecuniários.
Joaquim Gervásio explicou à Lusa que os aumentos de 90 euros reivindicados pela Fiequimetal representam aumentos médios de 4,65%, ou seja, “um aumento médio idêntico ao do salário mínimo nacional”.
De acordo com o sindicalista, o aumento de 90 euros representa um crescimento de 9% para os salários mais baixos da empresa e um aumento de cerca de 2,5% para os salários mais elevados.
Em 2020 os sindicatos e a EDP estabeleceram um acordo que assegurou aumentos salariais gerais de 1% e superiores para quem aufere os salários mais baixos.
Ficou ainda definido que o salário mais baixo na EDP seria de 1.000 euros para os técnicos e de 1.500 euros para os quadros.
A próxima reunião negocial está marcada para quarta-feira dia 10 de fevereiro.