Pedro Pichardo venceu esta quinta-feira a medalha de ouro no triplo salto dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, ao conseguir 17,98 metros, no terceiro ensaio da abertura da final. Bateu também o novo recorde nacional e alcançou a melhor marca mundial do ano na modalidade.
O atleta saltou mais do que os doze adversários em todos os três ensaios na abertura da final, que decorreu esta madrugada, batendo as marcas de 17,61 metros nos dois primeiros e 17,98 metros no terceiro, segurando logo aí a vitória olímpica.
O quarto salto de Pichardo foi nulo, mas mantém-se a liderança com 17.98. O português está na rota do ouro olímpico pic.twitter.com/D4b3eOEY1T
— Eurosport Portugal (@EurosportTV_Por) August 5, 2021
Na conclusão da final, entre oito atletas, Pichardo não obteve nenhum salto válido (dispensou um e foi-lhe assinalado salto nulo nos outros dois), mas a verdade é que nem precisou que fossem válidos, e voltou a trazer uma medalha de ouro para Portugal treze anos depois.
PEDRO PICHARDO É #OURO! Ele alçou voo e não deu chances a ninguém! Primeira medalha de ouro da #EquipaPortugal em #Tokyo2020! Parabéns! 👏👏👏 #POR #JogosOlimpicos @COPPORTUGAL pic.twitter.com/EhOPKktvfp
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Em declarações à RTP, Pichardo disse que “representar Portugal e ter o prazer de ser acolhido por Portugal é um privilégio. A única maneira que tenho de agradecer ao país é com medalhas”.
Admitiu que foi o pai (que é também o seu treinador) quem escolheu Portugal para melhorar a performance atlética que já vinha de Cuba, e Pichardo, a falar num português fluente com sotaque espanhol, sente que tomou a decisão certa.
“Há uns dias que tenho recebido mensagens de todo o país a dar apoio e quando fiz o terceiro salto já me senti mais tranquilo – 17,98 -, estou mais feliz, sou campeão olímpico, mas queria um bocado mais, ultrapassar a barreira dos 18 metros e ser o primeiro português a fazê-lo, mas estou muito feliz”, considerou.
Pichardo admitiu ainda que o seu próximo grande objetivo é bater o recorde mundial (18,26 metros).
O campeão da Europa em pista coberta, que tem os 18,08 metros alcançados em 2015 como melhor marca pessoal, já se tinha apresentado em Tóquio2020 com a melhor marca mundial do ano, com 17,92, obtida em 06 de julho.
O saltador, nascido em Cuba, que se naturalizou português em 2017, cumpriu a estreia em Jogos Olímpicos, conquistando o segundo ouro para Portugal na modalidade, depois de Nélson Évora em Pequim2008.