Nas última semanas, vários estabelecimentos comerciais em Viana do Castelo têm sido vandalizados. “Toda a gente sabem que é” o suspeito que, aliás, já está identificado pela PSP, mas nunca foi apanhado em flagrante. Só na noite de quarta para quinta-feira, foram rasgados os toldos de quatro estabelecimentos. Na madrugada desta sexta-feira partiram os vidros de um café.
“Deram-me cabo do toldo. Há algum tempo pintaram-me o carro. Aquela zona tem pouca iluminação, é escuro, e à noite pára muita gente que não interessa a ninguém. Se pudéssemos pôr umas câmaras de videovigilância, mas não é permitido”, lamenta a O MINHO Paulo Pereira, proprietário do café Saca Rolhas, um dos quatro estabelecimentos vandalizados na noite de quarta para quinta-feira, adiantando que vai apresenta queixa na PSP na segunda-feira.
Abílio Pereira, da Pastelaria D. Fernando, já apresentou a queixa na polícia. Em 18 anos de casa aberta, foi a primeira vez que algo do género lhe aconteceu. “Até deixo sempre o toldo para baixo, cheguei lá de manhã estava todo cortado”, recorda.
“Com o coração na garganta”
No Café Mucaba também rasgaram os toldos e já na madrugada desta sexta-feira partiram os vidros da montra e da porta da entrada. Há umas semanas incendiaram-lhe o guarda-sol.
Cátia Quesado, responsável do estabelecimento, vive “com o coração na garganta”, porque já ouviu dizer que o suspeito prometeu que iria incendiar o café nos próximos tempos e está com medo de que venha a concretizar as ameaças.
Os prejuízos vão nas centenas de euros. Só para os vidros foram mais de 300 euros. “Os três toldos não sei quanto vai ficar”, sublinha.
Suspeito está identificado pela PSP
Ao que O MINHO apurou, o suspeito é reformado, terá problemas de alcoolismo e psiquiátricos. E conta “à boca cheia” os “feitos” que comete.
Contactado pelo nosso jornal, a PSP confirma que o homem está identificado e que os “vários processos” têm sido remetidos para o Ministério Público.
Contudo, o suspeito, que já tem “historial” nas autoridades, ainda não foi apanhado em flagrante, pelo que continua, pelo menos por enquanto, livre.
