Armando Teixeira, atleta de trail running especialista em provas de montanha de longa distância, ex-aluno da Pós-Graduação em Avaliação, Planeamento e Performance em Trail Running e, atualmente, a frequentar o Mestrado em Treino Desportivo também na Escola Superior de Desporto e Lazer do Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), assumiu, recentemente, o lugar de selecionador nacional de Trail Running.
Em comunicado, enviado pelo IPVC, Armando Teixeira considera que, além da sua experiência e palmarés como atleta nacional e internacional, a sua formação académica em Trail Running foi fundamental para que fosse convidado para este novo desafio profissional.
Com 49 anos e residente na Maia, Armando Teixeira começou a sua jornada no trail running de forma inesperada, aos 33 anos, quando aceitou o desafio da entidade onde trabalhava para participar numa prova de montanha.
O que começou como apenas mais uma experiência na natureza transformou-se, rapidamente, numa paixão que lhe permitiu integrar uma equipa internacional em apenas três anos, a acumular um impressionante palmarés de provas nacionais e internacionais, a ser capitão de equipa em dois mundiais consecutivos e, agora, a liderar a Seleção Nacional da modalidade.
Para Armando Teixeira, “é uma honra e um privilégio aceitar um desafio desta dimensão”.
Vê o convite para ser selecionador nacional como um reconhecimento da sua experiência no terreno como atleta, da sua competência e da formação académica adquirida.
“A Pós-Graduação em Avaliação, Planeamento e Performance em Trail Running deu-me as ferramentas necessárias para compreender as particularidades fisiológicas do trail, a adaptação a diferentes altitudes, a biomecânica, a análise técnica de corrida e, sobretudo, a capacidade para desenvolver planos de treino personalizados e eficazes que permitam aos atletas ter o máximo de rendimento”, disse.
Ainda que o trail running tenha entrado na vida de Armando Teixeira já numa fase mais avançada, foi o ponto de viragem que revolucionou a sua história. Mais tarde, viria a deixar o emprego que tinha na altura e a apostar na formação académica em desporto.
“A pós-graduação em Avaliação, Planeamento e Performance em Trail Running veio acrescentar muito valor e valências à minha experiência como praticante da modalidade, e, agora, o mestrado em Treino Desportivo também na Escola de Desporto e Lazer permite-me continuar a formação académica, atualizar os meus conhecimentos para poder aplicá-los no trabalho, no meu dia a dia”, explica.
Das muitas provas que disputou, destaca algumas que mais o marcaram, como “as minhas primeiras 100 milhas em Andorra, o 2.º lugar no Transgrancanária, as vitórias que tive no MIUT, ter feito pódio e ser 11.º no Ultra-Trail du Mont Blanc.”
Mas considera que o ponto alto da sua carreira é manter-se ainda a correr, a sua longevidade na modalidade. “Após ter-me iniciado na modalidade tarde e, após passados quase 16 anos, ainda continuo a correr e continuo a alimentar a minha paixão. E com o conhecimento científico que adquiri também já estou na área do treino de trail.”
Para Armando Teixeira que Portugal é um país pequeno, mas com condições únicas para a prática de trail running, especificamente Melgaço, onde está a Escola Superior de Desporto e Lazer do IPVC, e o distrito de Viana do Castelo.
Com este novo desafio, o estudante da ESDL-IPVC continua a alimentar a sua paixão pela montanha e pelo trail running, modalidade à qual pretende manter-se ligado também através do treino, da organização de provas e da participação em competições.
A Pós-Graduação em Avaliação, Planeamento e Performance em Trail Running do Instituto Politécnico de Viana do Castelo é pioneira em Portugal e tem como objetivo preparar especialistas capazes de otimizar a performance na modalidade, aliando a ciência ao treino no terreno.
“Esta formação deu a Armando Teixeira as competências para lidar com a complexidade do trail running, que exige um equilíbrio entre preparação física e mental, especialmente em provas de longa distância, como as de 100 km ou mais, nas quais construiu grande parte da sua carreira”, referiu o IPVC, na nota enviada a O MINHO.