Já cumpriu, duas vezes, penas de prisão por tráfico de droga. Apesar disso, reincidiu. Carlos C., e duas mulheres que o ajudavam na tarefa para a qual usava sete veículos, foi julgado no Tribunal de Braga, estando a leitura do acórdão marcada para julho.
Em julgamento, o arguido tentou demonstrar que não cometeu os crimes de que está a acusado, mas o Ministério Público pediu a sua condenação.
A acusação diz que, desde outubro de 2018 – quando foi colocado em liberdade condicional – até junho de 2021, o arguido, de alcunha Liró, dedicou-se à venda de cocaína e heroína, tendo sido detetado 17 vezes a fazê-lo. Para tal, contava com a colaboração de duas mulheres, a Daniela e a Kelly, também residentes em Braga, a quem entregava o produto para distribuir. Dispunha de sete carros e duas motos, que eram usados pelas mulheres para o transporte de pequenas quantidades e recorria a 12 telemóveis diferentes.
Vendia em Prado
O Ministério Público diz que, além de Braga, o trio atuava em Prado, Vila Verde, e em Vieira do Minho, onde, em janeiro de 2021, a Daniela foi apanhada com um porta-moedas com droga. Dias depois, deixou cair outro porta-moedas numa pastelaria, em Ferreiros, Braga, e este chegou às mãos da Polícia.
O traficante acabou detido em junho, na casa onde morava em São Vítor, ocasião em que lhe foi apreendida droga, automóveis, telemóveis e dinheiro.
O julgamento teve 38 testemunhas, todos eles consumidores.
O Carlos C. foi já em condenado por tráfico, em 2008 e 2013, a sete anos e nove meses e a cinco anos e dez meses, de prisão.