O ex-ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues vai liderar o “inquérito independente” às falhas de segurança que marcaram sábado a final da Liga dos Campeões de futebol, anunciou hoje a UEFA.
O organismo europeu do futebol avança, em comunicado, que haverá “um inquérito independente aos acontecimentos à volta da final da Liga dos Campeões”, depois de antes ter referido, num primeiro momento, os “milhares de bilhetes falsos” que terão bloqueado “os torniquetes do lado das bancadas reservadas ao Liverpool” no Stade de France, na região de Paris.
There’s been a long delay at the Champions League Final due to fans trying to jump over fences to get in 🤦♂️ #UCL #UCLFinal pic.twitter.com/mt7dPRhuMm
— the Sports ON Tap Betting (@thesportsontap) May 28, 2022
A UEFA promete a “avaliação das tomadas de decisão, as responsabilidades e os comportamentos de todas as partes envolvidas na final” e para credibilizar o inquérito chamou o deputado do Partido Socialista (PS), natural de Paredes de Coura, e ex-ministro da Educação – com a tutela da Juventude e do Desporto – dos primeiros governos liderados por António Costa.
Sábado à noite, a impossibilidade de encaminhar em tempo os espectadores munidos de bilhete levou ao atraso no início do jogo em 36 minutos, provocando situações caóticas no acesso ao recinto de Saint-Denis, nos arredores de Paris.
Empurrões, tentativas de entrada sem bilhete, adeptos tratados com brutalidade pelas forças de segurança, ou vítimas de roubo, foram testemunhados por quem se deslocou para o jogo, que o Real Madrid venceu, por 1-0.
UEFA and French ministers have blamed Liverpool fans for the delayed kick-off at the Champions League final – but British police say Reds supporters' behaviour was "exemplary".
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— Sky News (@SkyNews) May 29, 2022
Alguns adeptos não conseguiram mesmo entrar, apesar de alegadamente terem bilhetes válidos.
Tanto o governo francês como as autoridades britânicas não pouparam críticas, com o ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, a falar de uma “fraude maciça, industrial e organizada de bilhetes falsos” e o governo de Londres a pedir um “inquérito completo” sobre o sucedido, com conclusões públicas.