Theatro Circo, em Braga, faz hoje 108 anos

Inaugurado em 1915 para “suprir a demanda teatral da cidade”

O Theatro Circo, mítica sala de espectáculos de Braga, foi inaugurado há 108 anos, no dia 21 de abril de 1915.

Em 1906, um grupo de cidadãos de Braga, Portugal, liderado pelo presidente da Câmara Municipal, Artur José Soares, idealizou a construção do Theatro Circo para “suprir a demanda teatral da cidade”.

O edifício foi projetado pelo arquiteto Moura Coutinho e construído no espaço anteriormente ocupado pelo extinto Convento dos Remédios, sendo inaugurado em 1915 com capacidade de 1.500 lugares.

O Theatro Circo foi gerido pelo Teatro Sá da Bandeira entre 1918 e 1925 e recebeu apresentações de óperas, revistas e cinema sonoro nas décadas seguintes.

Durante a ditadura do Estado Novo, foi usado para campanhas de propaganda e, após a Revolução dos Cravos, entrou em declínio devido à abertura de novas salas de cinema na cidade e ao crescimento da televisão.

Em 1988, a Câmara de Braga adquiriu o imóvel, que passou por um projeto de requalificação no final da década de 1990, com a criação de novas salas e uma zona museológica.

Ciclo Paraíso a partir de sábado

Um dia depois do aniversário, este sábado, o espaço passa a conhecer um novo ciclo entitulado “o PARAÍSO, momento que se centra na promoção de espetáculos de nova música urbana afrodescendente e lusófona”.

Com apoio da Antena 3, RDP África e RTP, o espaço irá também receber as conversas do Paraíso, com curadoria da plataforma BANTUMEN – A Cultura Negra da Lusofonia, nas quais estarão presentes figuras e personalidades que habitam o mundo das artes e cultura em torno deste tema.

O PARAÍSO contará com o espetáculo do artista Dino D’Santiago.

No mesmo dia à tarde, com a curadoria da BANTUMEN, terão lugar as Conversas do Paraíso, pelas 18:00, com entrada gratuita, no salão nobre, com o tema “O Bairro Venceu – Como ultrapassar os estereótipos e trilhar um caminho em direção ao sucesso”.

Moderada pela jornalista Marisa Mendes Rodrigues, o painel contará com a rapper, assistente social e autora do livro “Um Preto Muito Português”, Telma Tvon, e com o jornalista de cultura Ricardo Farinha.

 
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