A empresa municipal Theatro Circo de Braga recorreu ao Tribunal Administrativo para tentar receber 16 mil euros do Município de Coimbra, alegando que este não pagou metade do “cachet” da vinda a Portugal, em 2017, da cantora franco-israelita Yael Naim.
O diferendo começou a ser julgado em 2018 no Tribunal Cível, mas esta instância veio a concluir que a ação devia ter sido intentada no Administrativo, dado ser um litígio entre duas entidades públicas.
A administradora do Theatro, Claúdia Leite justificou a O MINHO o prosseguimento da ação “por uma questão de prinípio”, reafirmando que foi combinado com os responsáveis do Convento de São Francisco – a instituição congénere da cidade do Mondego – que os encargos seriam “a meias”, atuando a artista a 27 de janeiro de 2017, em Coimbra, e, no dia seguinte, em Braga.
Adianta que, e como já tinha sucedido com uma companhia de dança chinesa, seria o Theatro, por razões de “facilidade burocrática”, a pagar a despesa, ficando o Convento de assumir a sua metade.
Uma semana antes da data, o Convento – acrescenta – pediu que o concerto fosse adiado: “a cantora respondeu-me que tal não era possível porque era a sua última digressão, já que estava com gravidez adiantada. E não quis cancelar o contrato para os dois espetáculos que estavam já anunciados nos media e nas redes sociais”.
Yael Naim, nascida em Marrocos, autora do hit “New Soul”, atuou em Braga, como previsto. De seguida, e “nos termos acordados”, o Theatro bracarense pediu ao Município de Coimbra que assumisse a sua parte, nunca tendo obtido resposta. A Câmara de Coimbra não se pronuncia.