Texto inédito de Lígia Soares dá mote a peça de teatro que estreia em Ponte de Lima

Lígia Soares. Foto Estelle Valente / Arquivo

Um texto original de Lígia Soares foi o ponto de partida da peça “Um nó apertado”, com encenação e espaço cénico de Marta Lapa, a estrear-se na sexta-feira em Ponte de Lima.

Depois da estreia no Teatro Diogo Bernardes, que produz o espetáculo com a Escola de Mulheres, a peça estará em cena na sede desta companhia, no Clube Estefânia, em Lisboa, de 25 de outubro a 05 de novembro, com sessões de quarta-feira a domingo, às 21:00.

A 75.ª produção da Escola de Mulheres põe em palco uma heroína da tragédia grega que, embora não tenha essa nacionalidade, sabe que não pode “hesitar perante o fatal desígnio”, segundo a encenadora.

“O pouco que o seu corpo mexe não vem de uma vontade própria, mas do estar condenada a viver em função de uma geração que não será a sua”, o que faz com que a sua carne “se cole ainda mais ao chão”, refere uma sinopse da peça.

Com cocriação e interpretação de Tânia Alves, o espetáculo sucede a “Dirty shoes don’t go to heaven”, uma criação de David Pereira Bastos a partir de textos da dramaturgia clássica grega, estreada em junho.

Em 2023, a Escola de Mulheres decidiu revisitar os textos clássicos, que marcaram o percurso da companhia ao longo de 28 anos.

“’Um nó apertado’ resulta do desafio lançado a Lígia Soares para escrever um texto inédito inspirado na figura das Mulheres Trágicas, uma aposta constante da companhia, no fomento à escrita original para ser levada à cena”, afirmam os diretores artísticos da companhia, Marta Lapa e Ruy Malheiro.

Com música original de Sandra Martins, desenho de luz de Paulo Santos e operação técnica de Maria João Arsénio, a peça estará em cena no Clube Estefânia de 25 de outubro a 05 de novembro, com sessões de quarta-feira a domingo, às 21:00.

A Escola de Mulheres foi fundada em 1995 por Fernanda Lapa, Cucha Carvalheiro, Isabel Medina, Marta Lapa, Cristina Carvalhal, Aida Soutullo e Conceição Cabrita, com a missão de privilegiar a criação e o trabalho das mulheres no teatro e promover novas dramaturgias de temática e escrita femininas.

Este é o segundo espetáculo que a companhia leva à cena este ano partindo dos clássicos gregos.

 
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