A têxtil vimaranense Polopiquê distribuiu um prémio de 200 euros a cada um dos cerca de mil colaboradores. A empresa já se tinha distinguido por fixar o patamar mínimo salarial em 700 euros, em 2021, acima dos 665 euros do salário mínimo nacional.
“Uma empresa deve estar atenta aos fenómenos económicos e sociais do meio onde se insere”, justifica a administração.
A têxtil de Guimarães reconhece como maiores ameaças para o setor a subida do custo da energia. “Esperamos que o Governo possa fazer alguma coisa nesta matéria, já no início do ano”, comentam.
Depois de uma redução das encomendas, com a pandemia, “sentimos uma retoma. Houve uma alteração na forma das encomendas, menos quantidade e mais vezes. Acabou por nos permitir fechar o ano de 2020 com valores semelhantes aos anos anteriores e este ano também vai bem encaminhado”. A administração da Polopiqué reconhece que, para este tipo de encomendas, a proximidade é uma vantagem competitiva face aos competidores asiáticos e de outras geografias.
Outro problema com que a empresa se debate é a falta de mão de obra. É por isso que, além de pagar acima do salário mínimo, oferece a todos os colaboradores e familiares, seguro de saúde e vida. A cantina da empresa oferece refeições com o custo simbólico de um euro, uma vantagem para os colaboradores e uma forma de responsabilidade social, já que o valor é encaminhado para instituições de solidariedade.
A empresa de Tabuadelo, Guimarães, exporta para 47 países, tem um volume de negócios de aproximadamente 90 milhões de euros e emprega cerca de mil pessoas.