Testes regulares podem inviabilizar retoma das modalidades de pavilhão

Covid-19
Foto: DR / Arquivo

A obrigatoriedade de realizar testes regulares à covid-19, à semelhança do que ocorre com a I Liga de futebol, pode inviabilizar a retoma das modalidades de pavilhão, disse hoje à Lusa fonte ligada ao processo.

“Precisamos que o Governo e a Direção-Geral da Saúde (DGS) nos diga quais as condições para retomarmos os treinos e as competições, como tem feito noutros setores. Mas se nos disserem que vão ser necessários testes regulares, vai ser difícil retomar”, disse à Lusa a mesma fonte, acrescentando que esta é uma convicção comum às estruturas federativas representativas destas modalidades.

Desde a retoma da I Liga, para as últimas 10 jornadas, os jogadores estão a ser testados “o mais próximo possível” de cada jogo, nunca com mais de 24 horas de antecedência, sendo que são duas vezes submetidos a testes se houver mais de cinco dias de diferença entre os encontros.

As competições de andebol, basquetebol, futsal, hóquei em patins e voleibol de 2019/20 foram canceladas, em 29 de abril, depois de terem sido suspensas em 11 e 12 de março, devido à pandemia de covid-19.

Para sexta-feira está marcada uma reunião por videoconferência entre as federações das cinco principais modalidades de pavilhão – andebol, basquetebol, futebol (futsal), patinagem (hóquei em patins) e voleibol – e a DGS.

As competições destas modalidades ficaram excluídas das medidas de desconfinamento, que permitiram a retoma da atividade desportiva ao ar livre e das competições de modalidades individuais, sujeitas ao cumprimento das regras sanitárias da DGS.

Também na sexta-feira, Comité Olímpico de Portugal (COP), Comité Paralímpico de Portugal (CPP) e Confederação do Desporto de Portugal (CDP) vão estar numa audiência com caráter de urgência, na comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto da Assembleia da República, para analisar a situação desportiva no país.

Na quarta-feira, o Benfica realçou “o momento de enorme incerteza”, considerando que esta “é agudizada pelas previsíveis dificuldades que muitos clubes terão, eventualmente, para cumprir os requisitos a exigir pela DGS, colocando em causa, no limite, a retoma das competições”.

 
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