O então tesoureiro em Braga da à data Junta Autónoma de Estradas (JAE), será julgado por alegado desvio de 242 mil euros, dos quais já devolveu quase a décima parte, estando acusado pelos crimes de peculato e falsificação de documentos.
António Manuel Paiva Costa, de 61 anos, natural de Belmonte e residente em Braga, que foi durante quase dez anos o tesoureiro na delegação de Braga daquela instituição publica, terá desviado cheques-caução destinados a licenciamentos por parte do atual Instituto de Estradas de Portugal, que canalizaria para seis contas bancárias suas e três delas da CGD.
Na acusação, a que O MINHO teve acesso, o DIAP do Ministério Público considera, com base nas investigações da Polícia Judiciária de Braga, que tais desvios ao longo de uma década, foram possíveis “à quase total ausência de controlo interno ao movimento das atividades financeiras geradoras de receita”, que se manteve até à sua descoberta em janeiro de 2014.
O Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) da Polícia Judiciária apurou que este antigo tesoureiro, com a categoria profissional de coordenador técnico, movimentava nas suas seis contas bancárias, avultadas quantias, que eram “incompatíveis com os rendimentos”.
António Costa, conhecido por “Costinha” entre os antigos colegas na Junta Autónoma de Estradas, há dois anos, depois de descoberto, declarou-se à insolvência, assim como a sua mulher, professora, em Braga, que teria auxiliado o marido, a par do filho único do casal.