O Município de Terras de Bouro abriu novo concurso público, com o preço base de 270 mil euros, para a obra de “Ordenamento da Visitação na Cascata das Barjas”, conhecida como do Tahiti, na freguesia de Vilar da Veiga, no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
O seu presidente, Manuel Tibo, revelou a O MINHO que a obra, com um prazo de 150 dias, visa a construção de um miradouro e de uma estrutura de circulação de pessoas, o que tem como objetivo beneficiar os visitantes e evitar as frequentes quedas de turistas que ali ocorrem, algumas com ferimentos graves e mesmo mortes.
A empreitada, que havia começado em agosto passado, mas não avançou por desistência do empreiteiro.
O autarca sublinha, ainda, que, além de um miradouro para contemplar a queda de água, será criada uma nova zona de circulação, com “redes de proteção e gradeamento”, com o objetivo de aumentar a segurança dos visitantes.
“Não prescindimos da obra porque não é aceitável que continue a haver acidentes, alguns graves, entre os milhares de pessoas que dela querem disfrutar”, vincou.
Oito quedas e um morto em 2024
O edil lembra que, em 2024, houve oito quedas junto à cascata, com cinco feridos e um morto.
“O local é íngreme e o granito escorregadio. A estrutura que ali colocaremos evitará a esmagadora maioria das quedas”, garante.
Sobre as críticas ao projeto de associações ambientais, nomeadamente da FAPAS-Associação Portuguesa para a Conservação da biodiversidade, que o classificam como “artificial e estranho ao Parque Nacional da Peneda-Gerês”, Manuel Tibo afirma que a obra teve a concordância das entidades que regulam o Parque, a Agência Portuguesa do Ambiente e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).