Morreu, esta quarta-feira, aos 96 anos, Maria Adelaide Soares, reconhecida como a grande impulsionadora da “revitalização” da freguesia de Covide, em Terras de Bouro.
Foi fundadora da ATAHCA (Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave) e da associação Pedras Brancas, dirigida ao artesanato.
“A ATAHCA vem manifestar publicamente o mais profundo pesar pelo falecimento de Maria Adelaide Freitas Soares. Foi uma das fundadoras e uma grande entusiasta desta instituição. Exemplo de trabalho, empenho e muito amor à sua Terra. Perdeu-se uma grande referência”, refere a instituição numa nota de pesar partilhada na sua página de Facebook.
“Que o exemplo dela nos inspire para continuarmos a trabalhar a favor do mundo rural”, conclui a ATAHCA.
A página Terras de Bouro Antigo destaca que Maria Adelaide Soares foi “a grande impulsionadora da ‘revitalização’ da freguesia de Covide e do concelho de Terras de Bouro, com uma vida – mais de meio século – votada ao serviço comunitário (e social), o que fez desta ‘filha da terra’ uma líder e modelo de referência humanista”.
“Um OBRIGADO e um até sempre Maria Adelaide Freitas Soares”, remata a publicação.
De acordo com o jornal Terras do Homem, Maria Adelaide Soares criou, em 1994, o Centro de Produção e Exposição de Terras de Bouro, que tem como função a criação e venda de ervas aromáticas, chás medicinais, linho e outros produtos locais.
Dois anos mais tarde, fundou a Associação Pedras Brancas, direcionada para o artesanato, com especial incidência no linho, sendo que o Centro de Artes e Ofícios Tradicionais é, hoje, “o ex-líbris de Covide, contribuindo para a fixação de pessoas e para a promoção e divulgação turística da região”.