Teresa Veiga vence Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco

A escritora Teresa Veiga é a grande vencedora da 24.ª edição do Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, com o livro “Gente Melancolicamente Louca”, editado pela Tinta da China. Esta é a terceira vez que a escritora vence este prémio, depois de já o ter conquistado em 1992 e em 2008.

“Pela elegância despojada da sua escrita, Teresa Veiga revela um notável domínio do tempo, espaço e ritmo narrativos, incorporando várias leituras e sintetizando-as fulgurantemente na sua voz. É com mestria que a autora trata o género, de forma a envolver o leitor nas diferentes atmosferas narrativas que constrói”, justificou o júri do galardão instituído pela Câmara Municipal de Famalicão e a Associação Portuguesa de Escritores.

Depois de “História da Bela Fria”, em 1992, e de “Uma aventura secreta do marquês de Bradomín”, em 2008, o nome de Teresa Veiga entra mais uma vez para a já extensa lista de vencedores do prémio.

A escritora, que esteve 7 anos sem publicar, regressou à escrita em 2015 com o lançamento de “Gente Melancolicamente Louca”, um livro que “transporta-nos para um universo psicológico intenso onde o que parece quase nunca é, e onde os desvios contra-intuitivos do enredo desconcertam sistematicamente o leitor“, pode ler-se na sinopse da obra.

Teresa Veiga é o pseudónimo de uma escritora nascida em Lisboa, em 1945. Licenciou-se em Direito, na Universidade de Lisboa, em 1968, e especializou-se e exerceu, entre 1975 e 1983, o cargo de conservadora do registo civil nos arredores da capital. Decidiu estudar Filologia Românica, curso que concluiu em 1981, tendo sido professora de Português e Francês no Ensino Secundário, durante vários anos.

“Jacobo e Outras Histórias” (1980), “O Último Amante” (1990), “História da Bela Fria” (1992), “A Paz Doméstica” (1999), “As Enganadas” (2003) e “Uma Aventura Secreta do Marquês de Bradomín” (2008) são algumas das obras publicadas pela autora.

Instituído em 1991, o Grande Prémio do Conto destina-se a premiar uma obra em língua portuguesa de um autor português ou de um país africano de expressão portuguesa, com um prémio de 7.500 euros.

Distinguiu já escritores como Hélia Correia, Mário de Carvalho, Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa, Maria Judite de Carvalho, Miguel Miranda, Luísa Costa Gomes, José Jorge Letria e José Eduardo Agualusa. José Viale Moutinho, António Mega Ferreira, Teolinda Gersão, Urbano Tavares Rodrigues, Manuel Jorge Marmelo, Paulo Kellerman, Gonçalo M. Tavares, Ondjaki, Afonso Cruz, A.M. Pires Cabral e Eduardo Palaio foram também galardoados com o prémio.

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