A canoísta Teresa Portela acredita que em Paris2024 poderá “estar melhor” do que nos Mundiais em que foi oitava em K1 500 metros, enquanto João Ribeiro e Messias Baptista querem garantir domingo os Jogos em K2 500.
“Fui oitava e apuravam as seis primeiras, mas como três na final já estavam qualificadas (em outras tripulações), possivelmente todas as finalistas vão a Paris2024. Foi uma prova bastante disputada e acabei muito cansada. Gostava de ter ficado mais bem classificada, contudo fiz o meu melhor. É acreditar que posso estar em Paris para os meus quintos Jogos Olímpicos e lá poder estar no meu melhor”, disse a atleta de Esposende.
João Ribeiro e Messias Baptista, juntamente com Kevin Santos e Emanuel Silva, não conseguiram na sexta-feira apurar o K4 500, porém hoje a dupla deu um passo importante para o fazer em K2 500.
“Depois da desilusão de ontem [sexta-feira] no K4, pois estávamos à espera de mais, tentámos esquecer o resultado e vir com a cabeça limpa. Nos últimos dois anos temos mostrado o nosso valor e hoje demonstrámo-lo mais uma vez. Estamos um pouco cansados, mas estamos na final e vamos lutar por um lugar em Paris”, prometeu Messias Baptista.
João Ribeiro revelou que a tática da equipa foi “ir na frente e controlar”, admitindo que “no fim faltaram um pouco as forças, depois de um dia muito duro física e psicologicamente” por causa do K4: ainda assim, venceram a sua semifinal.
“Hoje ainda estávamos cansados e algo receosos, no entanto, sabíamos que temos nível para a final. Com o nível da semifinal poderíamos ter ficado de fora, mas felizmente tivemos forças para passar. Amanhã é outro dia”, completou.
Campeão da Europa em 2022, Kevin Santos foi quarto em K1 200 metros, prova não olímpica, a cerca de um décimo de segundo do bronze, sendo bem visível a sua frustração no final.
“Dei tudo o que tinha. Desde ontem, um dia emocionalmente muito duro após falhar o apuramento em K4, mas tive de buscar tudo de mim de competente e profissional e focar todas energias na final mundial, mesmo não sendo regata olímpica, com atitude e competência. Senti-me bem fisicamente, fiz boa prova, mas os outros foram mais rápidos”, reconheceu.
Domingo, último dia dos Mundiais de canoagem, que juntam cerca de 2.000 atletas de 95 países, destaque para a final do K2 500 de João e Messias, bem como a regata de K1 5.000 na qual Fernando Pimenta tem sido pódio regular, podendo assim conquistar a sua terceira medalha, depois do ouro em K1 1.000 e do bronze em K1 500.