Declarações dos treinadores do Gil Vicente e do Tondela, no final da partida da 33.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que os barcelenses venceram por 3-0:
Ricardo Soares (treinador do Gil Vicente): “Conseguir esta classificação tem um significado tremendo, e só tenho de agradecer aos jogadores, à direção, a toda estrutura e aos nossos adeptos que nos deram todo o apoio para ficarmos na história do clube.
Disse ao grupo, internamente, à passagem da sexta jornada, que íamos lutar pela qualificação europeia, porque senti que era possível pela verdadeira família que formamos. Fomos os primeiros a consegui-lo no Gil Vicente.
O clube e a sua marca saem valorizados com esta época, pois deixamos uma imagem de uma equipa que luta por um futebol limpo, que promove o espetáculo, e rentabilizamos os nossos jogadores. Já fizemos 10 milhões de euros em vendas de ativos.
(sobre a continuidade) Tenho contrato e estou muito grato ao Gil Vicente. Sou um melhor treinador e este foi dos anos mais felizes da minha vida. Mas, no futebol, as coisas mudam rápido, e não gosto de ficar refém das palavras. Agora, só penso em festejar este sucesso”.
Nuno Campos (treinador do Tondela): “Sabemos que esta derrota complicou as nossas contas. Não estávamos à espera deste resultado.
Acho que houve duas fases de jogos distintas, antes e depois da expulsão do nosso jogador [Marcelo Alves]. Mesmo em inferioridade, conseguimos equilibrar os acontecimentos, mas com o tempo manter esse esforço ficou difícil.
Defrontar um adversário com a qualidade do Gil Vicente, a quem deixo os parabéns por o que conseguiram, é sempre muito difícil.
Nem eu, nem a equipa, podemos estar satisfeitos com este desfecho, mas agora temos de nos reerguer e ir em busca da vitória na última jornada.
Temos essa dívida para com os nossos adeptos, que têm sido incansáveis. Não nos resta outra alternativa que não seja vencer para podermos entrar no ‘play-off’ [de manutenção].
Ainda não é altura para fazer avaliações da época, sempre disse que a última jornada é que ia decidir, e mantenho essa convicção”.