Declarações após o jogo Desportivo de Chaves-SC Braga (2-4) da segunda jornada da I Liga de futebol, disputado hoje em Chaves:
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– Artur Jorge (Treinador do SC Braga): “Nós vínhamos cá com um propósito muito claro: precisávamos e queríamos ganhar o jogo. Creio que esta vitória tem tanto de justo como de difícil. Foi um jogo que exigiu muito de nós, onde tivemos momentos mais por cima, não só no resultado, mas naquilo que foi o domínio. Tivemos outros em que foi precisamente o inverso, mas soubemos demonstrar caráter, sofrimento, também, quando foi preciso, para podermos arrancar daqui uma vitória que é extremamente importante para nós SC Braga.
[Expulsão Ygor Nogueira] Eu acho que não foi só esse o momento que acabou por fazer a diferença no jogo. Como já disse, tivemos momentos em que fomos superiores, outros em que não fomos, mas esse é o momento capital porque, não só nesse livre resulta aquilo que é a expulsão de um central do [Desportivo de] Chaves, como nessa cobrança da falta fazemos o terceiro golo e, portanto, a partir daí as coisas ficam mais confortáveis para nós, mas não creio que esse tenha sido o momento decisivo. [Foi] um momento importante por aquilo que acrescentou ao jogo em relação à igualdade numérica, que deixou de existir, e à vantagem que acabámos por conseguir nesse mesmo lance.
[Falhas na defesa] Nós temos dois jogos do campeonato, cinco golos feitos e quatro sofridos. Não é o registo que queríamos em termos defensivos, obviamente que não, mas como eu disse, nesta altura, o importante para nós é podermos olhar para aquilo que foi uma vitória conseguida cá, uma vitória importante. Era, para nós, muito importante ganhar, claro que temos coisas ainda a corrigir, temos aspetos que temos de melhorar e, concretamente, nesta questão de podermos deixar com que o adversário faça golos, mas a seu tempo, teremos de ajustar para podermos ser melhores amanhã do que aquilo que fomos hoje”.
– José Gomes (Treinador do Desportivo de Chaves): “Fomos mais fortes. Se olharmos para os números da primeira parte, tivemos mais remates, mais remates enquadrados, mais duelos ganhos, mais posse de bola, portanto, tivemos tudo mais, exceto o resultado. Não fossem as circunstâncias do jogo e aquilo que aconteceu, não quero aprofundar esse tema, com certeza que o resultado ia ser outro.
Os meus jogadores estão de parabéns por terem abraçado o espírito das pessoas que, no fundo, justificam a existência deste clube. Portanto, abraçaram essa ideia, lutaram, pressionaram, dificultaram muito uma equipa que todos sabemos que tem imensa qualidade. Como disse na antevisão, o Sporting de Braga pode tirar ‘onze’ e colocar ‘onze’ e manter a qualidade, o nível de jogo.
Quer o primeiro, quer o segundo golo, temos de dar a mão à palmatória porque nascem de dois erros nossos porque, o resto, conseguimos anular na totalidade. Há coisas que não controlamos nem podemos controlar, mas estou muito satisfeito com a atitude dos meus jogadores.
O que é que se pode tirar daqui? Os pontos já não conseguimos [recuperar], a atitude foi extraordinária, portanto, é manter este espírito para o futuro, a forma como abraçaram os duelos e encararam cada lance que estava a ser disputado e transportar isto para o próximo jogo. Não se pode pedir mais nada.
[Expulsão de Ygor Nogueira] Era interessante trazer à conferência de imprensa pós-jogo os árbitros, também, para tentarmos perceber algumas decisões que eles têm […]. Também não é líquido que tenha sido bem expulso o nosso jogador. Não é líquido que a bola vai em direção à baliza.
Se formos analisar ‘frames’, se pararmos a imagem, podemos dizer que a bola vai para todo o lado. Para trazer justiça ao jogo, não se pode analisar fotografias. O jogo é muito mais que um vídeo, portanto, não pode ser cortada uma fotografia e dizer o que é que acontece, mas isto é a minha opinião.
Em relação à arbitragem, eu preferia não falar. Vamos dar espaço e tempo para que haja reflexão também nesse setor, para que façam uma grande época, que é aquilo que eu desejo.
[Saída de João Correia] O João, como sabem, esteve lesionado, teve uma pré-época muito atribulada e acabou por fazer assim uma coisa um bocado apressada. Tentámos ganhar tempo e fizemos bem, sabíamos que era um jogador que dificilmente iria aguentar os 90 minutos. A acrescentar a isso, ainda levou uns pisões, todos no mesmo sítio, aquilo acabou por condicionar a nível muscular e, por precaução, acabou por sair [de campo]. Espero que reinicie a semana integrado no grupo de trabalho”.