Declarações após o jogo da 21.ª jornada da I Liga de futebol entre SC Braga e Arouca (2-0), que decorreu hoje em Braga:
– Artur Jorge (treinador do SC Braga): “Era muito importante voltarmos a ganhar e era o que esperava, porque acredito muito no potencial da equipa. Tivemos pela frente um adversário bastante complicado, que exigiu muito de nós e obrigou-nos a dar muito ao jogo. Quero valorizar a vitória e os três pontos, esse era o foco principal, que nos permite continuar o caminho percorrido até aqui.
Estamos como novos enquanto ambição, mas hoje acusámos algum desgaste, principalmente na segunda parte, tivemos alguma quebra de rendimento. A cabeça pensou bem, mas o corpo não conseguiu corresponder, é um dos aspetos que nos tem preocupado pela densidade competitiva muito grande neste mês. Temos tido jogos de grande exigência e isso acaba por ter algum impacto no nosso rendimento.
Temos que olhar para a prioridade e ter um foco muito grande no campeonato, é a prova em que pretendemos estar de corpo e alma, fazer deste um campeonato memorável e atingir objetivos altos.
Temos sido mais consistentes que flutuantes. Atingimos 49 pontos e temos feito um trabalho muito consistente, a ganhar muitas vezes e queremos continuar a ganhar, principalmente no campeonato.
(Golo aos 18 segundos foi mero acaso ou trabalhado?) Viu a quantidade de jogadores que metemos [no ataque] naquele momento? Tenho que ter a humildade de dizer que fomos felizes, porque tudo saiu bem, mas trabalhámos esse momento porque quisemos dizer ao que íamos, mostrar que íamos sair desde o primeiro minuto em busca da baliza contrária. A finalização é excelente do Abel [Ruiz], deu-nos vantagem e pôs-nos numa posição confortável”.
– Armando Evangelista (treinador do Arouca): “O que não consegui antever? Sofrer um golo aos 20 segundos não se consegue prever nem nos piores pesadelos, como é óbvio. Mas a reação para corrigir esse erro por si só justificava levar daqui pontos. Foi uma reação fantástica, houve equilíbrio e em alguns parâmetros até a favor do Arouca, como nos remates, sete para o Braga e 13 para nós. A qualidade e personalidade que demonstrámos a defrontar um Braga europeu – não podemos esquecer a mais valia que tem – é inquestionável e justifica outro resultado.
Conseguimos equilibrar o jogo, criar perigo, mas é certo que sem grandes oportunidades. Criámos três ocasiões de golo em que devíamos ter feito uma, se uma dessas pelo menos entra, podíamos levar o Braga para uma zona de desconforto que nos podia dar a perspetiva de levar pontos.
Ao golo sofrido, outra coisa que não perspetivava é que um lance em que a haver falta teria que ser a favor do Arouca, foi marcada contra nós e que origina o segundo golo. Não perspetivava, ou se calhar, sim, porque não é a primeira vez que este árbitro apita este tipo de lances, mas não me quero alongar em relação a isso.
(Três golos sofridos nos primeiros segundos) Gostava de saber porquê, mas não consigo, se soubesse já tinha corrigido. Se calhar, não tenho feito o trabalho de casa como dever ser. Mas isso não belisca em nada a minha equipa, não estou contente, mas demos uma prova cabal do que temos vindo a fazer e isso está traduzido em pontos. OS meus jogadores estão de parabéns, não pelo jogo em si, mas por todo o trajeto ao longo da época, isso deixa-me orgulhoso”.