Declarações após o jogo da 13.ª jornada da I Liga de futebol entre SC Braga e Marítimo (2-1), que hoje decorreu em Braga.
Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “Foi um jogo incaracterístico da nossa parte, mas tem algumas explicações. Não entrámos bem no jogo e o Marítimo podia ter feito o 1-0 nos primeiros minutos. O Marítimo posiciona-se de uma forma pouco habitual em Portugal e isso intranquilizou a nossa circulação de bola. Depois, quando nos adaptámos, e mais na segunda parte, quando já estávamos a ganhar por 2-0, a equipa partiu para uma exibição madura, segura, sofre o 2-1 num momento em que o Bruno Viana estava a pedir a substituição. Controlámos o jogo até ao final e acaba por ser um resultado justo, a diferença mínima ajusta-se ao que se passou nos 94 minutos.
Temos a felicidade de ter um jogador como o Paulinho, que tem uma personalidade extremamente forte, é muito compenetrado no que faz e é muito querido aqui no clube, pelos colegas e por toda a estrutura. Mas há limites, por muito fortes que sejamos, todos os dias ver notícias nos jornais [sobre o alegado interesse do Sporting] cria ansiedade em toda a gente e nada é verdade. Perguntei ao presidente e nada é verdade, perspetivamos que ele vá sair no final da época, mas isso já não é comigo.
Estas notícias não são boas para ninguém. Não sei se a lesão não é causada por esta ansiedade e não sei se o jogador não fez um esforço estoico para ir até ao final do jogo sob pena de ser acusado de ter saído porque o jogo era com o Sporting.
Vivemos um momento em que se um jogador tem a infelicidade de ter um erro com uma equipa grande é porque foi comprado. É uma vergonha isto, é horrível, tudo está intoxicado. É inadmissível colocar em causa integridade das pessoas, os jogadores sentem muito isso, não poderem errar, o mesmo se passa com os árbitros.
O Iuri [Medeiros] está nas mãos do SC Braga”.
Milton Mendes (treinador do Marítimo): “Não creio que esse lance nos primeiros minutos tenha sido decisivo para o resto do jogo, mas é lógico que se conseguíssemos o primeiro golo o desenlace podia ter sido outro. Mas o mais importante é que a nossa equipa esteve sempre com a mesma identidade, conseguimos criar algumas dificuldades ao Braga, mas também é verdade que defrontámos uma grande equipa, bem treinada, com jogadores extraordinários, mostraram que têm uma grande equipa, foram a casa do líder na semana passada e fizeram um excelente jogo. Os meus jogadores estão de parabéns pelo que trabalharam, não estamos satisfeitos pela derrota, mas jogar bem já é [importante] e é uma situação que implantámos desde o início.
O Rodrigo Pinho teve um problema familiar durante a semana, mas estava convocado mesmo assim, mas teve uma entorse lombar, um problema que dificultava as suas movimentações. Mas, de última hora, o nosso departamento clínico vetou-o e ele não viajou.
Desconheço essa situação [ida para o Benfica no final da época], queremos ter o Pinho aqui e nos próximos jogos também. Ele tem excelentes atributos como atleta profissional de futebol e como homem. Conseguiu adquirir uma maturidade, é um jogador que é fundamental na nossa equipa, é um excelente finalizador e tem um excelente caráter. Sim, tem possibilidade de se impor [no Benfica], como em qualquer equipa. O Marítimo é uma equipa grande e ele impôs-se e pode-o fazer em qualquer equipa do campeonato português ou de outro campeonato”.