“Indignados e revoltados” com a publicação do Decreto Lei que regulamenta a carreira dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica agendaram uma grande manifestação nacional para hoje.
Em frente à Assembleia da República, em Lisboa, estes profissionais vão exigir aos partidos que passem das palavras aos atos e cumpram as promessas que têm feito. “Dos partidos só queremos que cumpram e honrem a palavra, através do apoio já demonstrado às nossas reivindicações e que nos têm sido transmitidas no decorrer deste processo negocial de revisão e regulamentação da carreira” afirma Luís Dupont, Presidente do STSS.
A concentração está marcada para as 14:00, em frente ao Palácio de Belém, de onde seguirão em desfile (Av. Da Índia, 24 de julho e D. Carlos I) até à Assembleia da República, onde está agendada manifestação para as 16:00.
De acordo, com as últimas informações veiculadas pelo Ministério da Saúde, a regulamentação da carreira de técnico superior de diagnóstico e terapêutica agora promulgada irá permitir que cerca de 5500 profissionais passem a auferir uma remuneração base de 1201,48 euros, transitando de uma remuneração mínima de 1020,06 euros, mas, segundo o Sindicato “isso é falso”.
“Os 1200 euros que o Governo anuncia como um grande esforço orçamental e um grande feito não é mais do que o valor mínimo que qualquer licenciado da Administração Publica recebe em início de carreira. O Estado Português ao, só agora, regularizar a carreira dos Tsdt omite que tem poupado muitos milhões de euros todos os anos, no mínimo 75 milhões de euros na última década”, refere Luís Dupont.
“Com este diploma, todos os colegas que agora vão transitar para a primeira posição remuneratória, 1200 euros, ou seja 75% dos colegas, independentemente dos anos que tenham de serviço prestado, e da remuneração base que agora aufiram, todos vão perder os pontos restantes que possuem resultantes do processo de avaliação anterior a transição” lamenta o Presidente do STSS.
Reforçando, “não aceitamos, de forma nenhuma, que o passado profissional e os anos de serviço de cada TSDT na carreira e no SNS sejam apagados, colocando todos na base da nova grelha salarial sem qualquer diferenciação e contabilização dos anos, criando situações de injustiça gritantes”.