O treinador do Famalicão, Hugo Oliveira, reiterou hoje a vontade em vencer na receção ao lanterna-vermelha Farense, na 15.ª jornada da I Liga de futebol, para honrar Ivan Zlobin, após a grave lesão sofrida pelo guarda-redes em Braga.
O empate contra o SC Braga (3-3), na estreia ao comando dos minhotos, deixou ao técnico boas expectativas para o novo encontro, onde espera que os jogadores continuem a demonstrar o “ADN do Famalicão” e a evoluir na aplicação das suas ideias.
“O resultado não foi o que queríamos em Braga. Acho que os jogadores mereciam ter ganhado aquele jogo, mas estamos conscientes de que fizemos as coisas de encontro ao que foi preparado na semana anterior e isso dá-nos satisfação e mostra-nos que há muito futuro”, lembrou, na conferência de imprensa de antevisão ao encontro de sábado.
Como motivação, os famalicenses terão a vontade, em época natalícia, de “dar uma prenda” ao guarda-redes Ivan Zlobin, que, na última partida, sofreu uma lesão no rim esquerdo em choque violento com o bracarense Roger Fernandes, e também aos adeptos, que não festejam um triunfo caseiro desde 24 de agosto, quando venceram o Boavista (1-0).
“Todo o grupo e eu, enquanto treinador, queremos que o Ivan [Zlobin] recupere rapidamente, não só para o seu dia-a-dia, mas também para a sua atividade profissional. É alguém que tem o ADN, a mentalidade que queremos dentro de portas, a de alguém que dá o corpo às balas, que está lá para nós. Quiçá, o jogador mais importante, até este momento, nas performances do Famalicão”, sublinhou.
Apenas na sua segunda semana de trabalho, apesar do bom nível exibicional já demonstrado, o treinador recusa ‘embandeirar em arco’, afirmando que o seu processo com os jogadores está apenas no início, ainda “muito longe” do nível que idealiza.
“Ainda estamos muito longe de onde temos que estar. Há muito para desenvolver e os jogadores sabem disso. Estamos num processo que está a decorrer. A semana foi curtinha, foi olhar para as coisas que não estiveram tão bem em Braga e preparar as características do jogo com o Farense. Mas foi uma semana positiva, apesar de nos faltar dentro de portas e no nosso ambiente o Ivan [Zlobin], que muita falta faz a todo este ambiente”, explicou.
Quanto ao Farense, que, na última jornada, voltou a deixar-se cair para a indesejada 18.ª e última posição do campeonato, Hugo Oliveira espera um adversário “muito difícil” e considerou que os algarvios têm estado mais fortes com a orientação de Tozé Marreco.
“Sabemos que vamos ter um jogo muito difícil, contra uma equipa que, desde que trocou de treinador, tem vindo a bater-se em todos os jogos de uma forma muito aguerrida. À imagem do seu treinador, é direta, honesta, corajosa e objetiva, que faz de cada lance o último da sua vida. Nós sabemos a dificuldade que o Famalicão tem tido a jogar em casa, mas o nosso olhar está nos três pontos, como em todos os jogos”, garantiu.
Num contexto em que o Famalicão parte de uma posição de maior força, pelo oitavo lugar que ocupa, o treinador acrescentou ainda que espera que a sua equipa “tenha a posse de bola durante muito tempo”, mas com a ameaça constante das transições do oponente, que exigem “cuidado à perda de bola”.
O Famalicão, oitavo classificado da I Liga, com 19 pontos, recebe, no sábado, a partir das 15:30, o Farense, 18.º, com nove, em jogo da 15.ª ronda, sob arbitragem de Miguel Nogueira, da associação de Lisboa.