Tancos: juiz insiste em ouvir primeiro-ministro presencialmente

Ministério Público
Foto: DR

O juiz que dirige a fase de instrução do processo Tancos reitera o pedido ao Conselho de Estado para que o primeiro-ministro seja autorizado a prestar depoimento presencial como testemunha do ex-ministro da defesa e arguido Azeredo Lopes.

Num despacho, Carlos Alexandre alega a dificuldade de “formular questões, sub-hipóteses, explicações e introitos”, através da inquirição por escrito a Antonio Costa, já autorizada pelo Conselho de Estado.

Alerta ainda o magistrado que, “havendo outros cidadãos acusados de coautoria, não será de desconsiderar” que se queiram solicitar esclarecimentos suplementares, difíceis de obter num depoimento escrito.

O juiz Carlos Alexandre entende que o pedido do Conselho de Estado para que o primeiro-ministro seja ouvido apenas por escrito “parece ter desconsiderado a posição assumida pelo tribunal (Tribunal Central de Instrução Criminal) quanto à necessidade de o depoimento ser presencial.

A fase de instrução do processo de Tancos começou, esta quarta-feira, de manhã no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, com o interrogatório de Válter Abreu e Jaime Oliveira, que segundo a acusação estiveram envolvidos nos furtos das armas.

Válter Abreu é considerado pelo Ministério Público um dos responsáveis pelo assalto a Tancos e está acusado de cinco crimes em coautoria: associação criminosa, tráfico e mediação de armas, terrorismo e outro de tráfico e outras atividades ilícitas.

Jaime Oliveira, teve, de acordo com a acusação, responsabilidades no assalto ao paiol e está acusado, em coautoria, por associação criminosa e tráfico e outras atividades ilícitas.

 
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