Um homem, de 31 anos, começou, esta quarta-feira, a ser julgado no Tribunal de Braga por suspeitas de ter assaltado um centro comercial, no Gerês, furtando dinheiro, tabaco e bebidas, de valor considerado juridicamente como diminuto, mas mesmo assim tendo a sessão decorrido, durante toda a manhã, sob fortes medidas de segurança e a cargo do Grupo de Intervenção dos Serviços Prisionais (GISP).
Antes de iniciado o julgamento, os elementos daquele corpo especial da Direcção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais vistoriaram a sala de audiências e ao longo da sessão nunca saíram de perto do recluso, que anteriormente estava no Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, cumprindo já uma pena de nove anos de prisão por furto qualificado.
O arguido, natural de Guimarães, encontra-se na Prisão de Alta Segurança de Monsanto, em Lisboa, daí o envolvimento dos operacionais do GISP, na sua escolta entre a capital e Braga, nunca tendo prestado declarações, aos três juízes do Tribunal Coletivo.
Uma das testemunhas pediu para ser ouvida na ausência do arguido, que assim foi retirado da sala de audiências, mas confirmou, tal como o fizera na ocasião na PJ de Braga, “ter a certeza” tratar-se daquele único arguido o jovem que viu sair do centro comercial onde é empregada de limpeza, na madrugada de 30 de setembro para 1 de outubro de 2019, tendo sido furtados bens de três estabelecimentos – um quiosque, uma loja de bebidas e outra de frutos – após o que o assaltante fugiu num automóvel.
A primeira sessão do julgamento ficou marcada pelas dúvidas dos magistrados acerca do facto de uma comerciante reiterar “ter pelo menos 1.200 euros” em dinheiro vivo, debaixo do balcão da loja, quando meio anos antes tinha sido assaltado o estabelecimento, enquanto outro comerciante do mesmo centro comercial foi chamado de urgência para ir ao Palácio da Justiça de Braga explicar melhor o que tinha sido afinal furtado e os valores.