Ainda não estamos em junho mas já surgem alguns ninhos secundários de vespa ‘asiática’ (Vespa velutina nigrithorax), levando a que agentes da proteção civil e apicultores estejam já atentos a esse fenómeno que ocorre todos os anos no início do verão.
Em Barcelos, um desses ninhos foi eliminado esta quarta-feira. Apesar de ainda não comportar as habituais milhares de vespas que habitualmente populam estes vespeiros, o objeto apresenta perigo pois já existiam rainhas fundadoras e obreiras no interior.
Caçador de velutinas
António Pereira, presidente da Junta de Aguiar e Quintiães, foi quem removeu o ninho. O experiente caçador de velutinas adiantou que o mesmo é da nova temporada e encontrava-se no topo de uma cerejeira, comprovando a sua própria teoria de que as vespas preferem estar próximas a árvores de fruto no início dos ciclos (sendo por isso o local ideal para colocar armadilhas na primavera).
De acordo com a assocaição Nativa, estes ninhos são constituídos por fibras de madeira mastigadas, apresentando uma forma arredondada ou de pera, com uma abertura lateral.
Segundo o ciclo de vida da ‘asiática’, identificam-se dois tipos de ninho
O primário, que pode atingir os 15 centímetros e surge entre março e junho em beirais de telhado, tetos de anexos, arrecadações, caixa de persianas e até enterrados. Têm por missão gerar a primeira geração de obreiras daquela colónia.
E o secundário, que surge habitualmente entre junho e março e pode medir de 15 cm a 70 cm. Encontra-se tipicamente em árvores, vegetação rasteira, muros, beirais de telhado, por baixo das telhas, arrecadações, caixa de persianas e enterrados nos solos. Servem para desenvolver novas gerações de rainhas que vão dar origem a novas colónias no ano seguinte.
Ninho primário – pode atingir os 15 centímetros e surge entre março e junho em beirais de telhado, tetos de anexos, arrecadações, etc
Associação Nativa
Ninho secundário – surge habitualmente entre junho e março e pode medir de 15 cm a 70 cm. Encontra-se tipicamente em árvores, vegetação rasteira, muros, beirais de telhado, etc
Associação Nativa