Declarações após o jogo Benfica – Famalicão (4-0), da 18.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio da Luz, em Lisboa:
Hugo Oliveira (treinador do Famalicão): “O jogo fica marcado pelo início, pela forma não tão agressiva como entrámos, num estádio como este, perante uma equipa como esta. Uma forma de entrar passiva, distante, sem duelos e sem dividir momentos, acaba por dar espaço a uma equipa com talento.
Sofrer um golo cedo tirou-nos confiança. Apesar de termos tido bola em muitos momentos, não conseguimos ser objetivos. O jogo fica marcado pelo início menos bom da nossa parte e que nestes estádios acaba por deixar muita mossa.
Temos de dar uma resposta muito forte com o Estrela da Amadora. Temos uma forma de estar com os olhos postos na baliza do adversário e, desde que cá estou, hoje foi a primeira vez que isso não aconteceu, talvez com algum receio do momento defensivo.
O plano não era sair direto, mas ligado e ser agressivo quando encontrássemos espaços. A nossa forma de estar é atrair o adversário, encontrar espaços e ser objetivos. Só depois de sofrermos o golo é que assentámos o nosso jogo”.
Bruno Lage (treinador do Benfica): “Estávamos em dívida para com os nossos adeptos, depois de aqui termos jogado há 15 dias [derrota com o SC Braga]. Voltámos a jogar no Estádio da Luz. Antes do jogo, tivemos a oportunidade de mostrar a Taça da Liga aos nossos adeptos. Foram 90 minutos de bom futebol, sei que os adeptos gostam, e com muitos golos. Estamos felizes com a exibição. Somos uns justos vencedores.
Temos sempre aspetos a melhorar. Basta olharmos para este jogo e para aquele que fizemos há 15 dias, e para a aprendizagem que todos tivemos. O Leandro Barreiro fez um ‘hat-trick’. Quero boas respostas de toda a gente, estarem sempre disponíves para continuarem a evoluir. Só assim é que podemos estar no bom caminho, quer como equipa, quer em termos individuais.
Todos os jogadores merecem oportunidades pelo trabalho que têm vindo a fazer. Arthur Cabral marcou no último jogo [om o Farense, na Taça de Portual]. Vamos refrescando à medida do momento de cada um, mas também do jogo. Pavlidis acaba por fazer um bom jogo. Hoje, ele teve muitos bons momentos, quer de movimentação, quer de assistências e finalizações, que proporcionou boas defesas aos adversários.
Claro que Prestianni pode voltar a equipa A. Por isso é que ele está a jogar na B. Tenho um plano para ele. Ele tem 18 anos. Aqui, ninguém é abandonado. Tem de trabalhar o máximo que puder, evoluir o máximo que puder. Hoje, temos os casos de Schjelderup, Leandro Barreiro e João Rego. O Prestianni é um jogador fantástico, o Benfica apostou muito nele, fez um grande golo na equipa B. Vejo-o feliz no Benfica e isso é o mais importante. Temos um plano para todos os jogadores. Eles que não desistam e que continuem a trabalhar, porque as oportunidades estão aí, conforme se viu no ‘onze’ que apresentámos hoje.
Leandro Barreiro é um caso interessante. Não conhecíamos o jogador. Passado uma semana ou 15 dias de trabalahrs comele, ele lesionou-se. Começámos a sentir que ele tinha uma boa chegada à área. A minha primeira decisão foi tirá-lo da equipa quando cheguei. Todos diziam que ele não podia jogar com o Florentino. E quatro meses depois marcou três belíssimos golos. Não tirava nenhum golo dele para dar a outro jogador.
[Equipa mostrou que não está dependente de Di María?] A equipa hoje teve dependente do Barreiro, que marcou três golos. Não vejo a equipa dependente de ninguém, apenas do coletivo. Sentimos o contributo que os jogadores podem dar a equipa. Quando qualquer equipa tem um jogador como o Di María tem de tirar partido disso”.