O secretário-geral adjunto do PS, João Torres, disse hoje que, apesar das “dificuldades” e das “vicissitudes”, o partido “não vai virar as costas” ao país e vai continuar “focado” em cumprir o seu programa eleitoral.
O responsável, que discursava durante a abertura do XX Congresso Distrital do PS de Viana do Castelo, afirmou que o PS “não escamoteia as vicissitudes, não esconde as falhas” e “não diz aos portugueses que enfrentam uma crise internacional, um contexto europeu e internacional de grande dificuldade”.
No início dos trabalhos do congresso dos socialistas do Alto Minho, que decorre no auditório da Casa das Artes de Melgaço, marcaram presença a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, o secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, e o ex-ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues.
Perante cerca de 150 militantes, João Torres apelou “à militância, à participação e à grande mobilização de todos os socialistas”.
“O PS é o maior partido português. É um partido que não aceita lições de moral de nenhuma outra formação político-partidária”, reforçou.
A sessão de encerramento do congresso está marcada para as 17:00, com a presença da secretária nacional do PS, Ana Catarina Mendes.
“O ano de 2023 é um ano decisivo para o país porque é um ano em que, seguramente, teremos de estar, como estaremos, à altura das nossas responsabilidades. À altura de honrar os compromissos que estabelecemos com os eleitores, à altura de selar uma relação de confiança de acordo com o mandato que os portugueses atribuíram ao PS”, afirmou João Torres.
“Apesar dessas dificuldades, a verdade é que, ao longo dos 10 meses de Governo, temos cumprido o essencial”, disse João Torres, apontando como exemplos a atualização das pensões, o aumento de salários, o combate contra a pobreza, em particular a pobreza infantil, o reforço do Estado social, da saúde e da escola pública, a progressiva gratuitidade das creches.
“Vamos continuar absolutamente focados em cumprir o nosso programa. Não vamos virar as costas num momento difícil. Temos razões para acreditar e confiar no futuro de Portugal, apesar de dificuldades que, insisto, não devemos negar e que advêm das frentes internacionais que nos colocam perante novas turbulências”, afirmou João Torres.
João Torres destacou a história do PS, que este ano assinala 50 anos sobre a sua fundação, e realçou as “marcas da governação” dos últimos sete anos, com “um secretário-geral, um primeiro-ministro que teve a coragem de virar a página da austeridade, a capacidade de combater uma pandemia [covid-19].
“O PS é um partido que não virará as costas nos momentos difíceis. Sabemos, em última análise, que o PS vai entregar aos portugueses um conjunto de resultados que desmentem, cabalmente, a narrativa da direita”, referiu.