Cerca de 42 mil militantes do PSD têm hoje as quotas válidas para votar nas eleições diretas, no dia em que termina o prazo para essa regularização, devendo o número final ficar abaixo do universo eleitoral das últimas diretas. Lisboa, com cerca de 2.000, Barcelos com 1.600 e Famalicão, com 1.200, são as concelhias mais ativas.
Contactado pela Lusa, o secretário-geral do PSD Hugo Carneiro estimou que os números finais aproximados sejam conhecidos até final da semana, já que além de o prazo de pagamento só terminar hoje à meia-noite, será preciso aguardar por eventuais reclamações, cujo prazo termina formalmente no próximo dia 18.
Ainda assim, é pouco provável que se verifique um aumento que permita atingir o universo eleitoral das eleições internas de 27 de novembro do ano passado: 46.664 militantes com as quotas em dia, dos quais votaram 36.476.
Pelas 15:00 de hoje, e segundo o microsite do PSD onde pode ser acompanhado o pagamento de quotas ao minuto, eram 42.100 os militantes com as quotas de maio pagas, o que representa cerca de 49% do total de militantes ativos do partido, que totalizam 85.833 (e que pagaram pelo menos uma quota nos últimos dois anos).
Como habitualmente, quatro distritais concentram a maioria das quotas pagas: Porto, Braga, Lisboa (Área Metropolitana) e Aveiro, por esta ordem, somam 54,5% dos militantes em condições de votar nas eleições diretas de 28 de maio.
Segue-se a Madeira e, já abaixo de 2.000 militantes em condições de votar, Viseu, Leiria, Coimbra e Vila Real.
Entre as concelhias, destaque para a de Lisboa com mais de 2 mil militantes em condições de votar, a de Barcelos e de Vila Nova de Famalicão com mais de 1.600 e 1.200, respetivamente, e as do Porto e Vila Nova de Gaia, cada uma com cerca de mil militantes com quotas válidas.
Com menos militantes em condições de exercer o seu direito de voto, estão as distritais de Beja, Portalegre e as estruturas da Europa e Fora da Europa.
Até agora, apresentaram-se como candidatos para as diretas de 28 de maio o antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro e o antigo vice-presidente do partido Jorge Moreira Silva, terminando o prazo de entrega de candidaturas em 16 de maio.
Nas últimas diretas do PSD, a abstenção situou-se nos 21,83%, ligeiramente superior à de 2020, quando rondou os 20%, embora tenham votado nesta eleição quase mais 4.000 militantes do que na anterior, em termos absolutos.
Nessa ocasião, o ainda presidente do PSD Rui Rio – que não se recandidata nas diretas antecipadas – venceu por 52,43% dos votos, mais 1.746 do que os conseguidos pelo eurodeputado Paulo Rangel, a mais curta vitória de sempre em eleições diretas no PSD, depois de em 2020 Rui Rio ter batido Luís Montenegro por 2.071 votos.
Rui Rio conseguiu o voto de 18.852 militantes e Paulo Rangel de 17.106, tendo sido contabilizados 329 votos brancos (0,9% do total) e 189 nulos (0,5%).