Morreu mais um idoso do Asilo de São José, sediado em Braga, confirmou O MINHO junto de fonte da instituição. Era um homem, com cerca de 90 anos, que padecia de várias patologias “muito graves”. Estava internado nos cuidados intensivos do Hospital de Braga há cerca de uma semana. Para além destas cinco mortes, há ainda 44 utentes infetados.
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José Cunha, presidente da direção do Asilo de São José disse a O MINHO que o lar está a enfrentar uma “situação terrível”, com os idosos devidamente isolados e com os funcionários a trabalharem “longas horas por dia”, desde há dez dias, enquanto estão em isolamento profilático em conjunto com os restantes utentes do lar.
O responsável esclarece que já foram efetuados testes a todos os utentes, acusando positivo “cerca de 40” (serão 44, pelos números a que O MINHO teve acesso) e que o lar já sabe mais ou menos com que linhas se coser.
“Estamos a atuar em função dos testes recebidos, todos os idosos infetados estão devidamente isolados e temos os funcionários que lidam com eles em situação de quarentena”, explica.
José Cunha admite, no entanto, que alguns dos testes se mostraram inconclusivos, pelo que estão à espera que se realizem novamente. Também a questão dos funcionários do lar é preocupante, uma vez que mais de uma dezena se encontra em casa, de quarentena.
“Vamos aguardar que terminem o período de isolamento para que possamos realizar mais testes e perceber se estão devidamente recuperados para poderem voltar a trabalhar”, acrescenta.
Toda a ajuda é preciosa
José Cunha admite que o lar vive períodos conturbados devido à falta de funcionários, agradecendo a voluntários externos ao lar pelo apoio dado nos últimos dias.
“Temos utentes com 107 anos, a grande maioria estão em situação de acamados, com diversas patologias, é uma situação terrível”, reforça o presidente.
“Temos funcionários a trabalhar há 10 dias seguidos, muito para além do horário de trabalho normal, mas não podem ser substituídos porque não temos ninguém para o fazer”, lamenta.
O responsável deixa ainda um apelo à sociedade civil bracarense e aos grupos de voluntariado para que possam ajudar o lar nestes tempos difíceis.
“Toda a ajuda é preciosa”, finaliza.