A União de Sindicatos de Viana do Castelo (USVC) repudiou hoje “veementemente” a forma como a cooperativa de ensino Ancorensis, em Caminha, decidiu encerrar e despedir os 60 trabalhadores e já agendou um plenário para a próxima semana.
Em comunicado, hoje, e depois de reuniões que manteve com a direção da instituição e com o presidente da Câmara de Caminha, a estrutura sindical afirmou que o fecho da escola e o despedimento coletivo “inverte totalmente a decisão que sido comunicada à USVC em reunião realizada em finais de julho”.
“A direção afirmou que a Ancorensis daria início ao ano letivo 2016/2017 com 11 turmas, o que, no entanto, pressupunha a redução de 26 dos 67 postos de trabalho”, especificou a estrutura sindical.
A Ancorensis – Cooperativa de Ensino, a funcionar em Caminha desde 01 de setembro de 1988, decidiu, na segunda-feira, em assembleia geral, “a cessação imediata da função de ensino e o despedimento coletivo de todos os 67 trabalhadores, por não ter direito a abrir novas turmas com contrato de associação.
Segundo a USVC na reunião hoje efetuada, “a Ancorensis comunicou que, o encerramento e despedimento coletivo, tiveram origem na situação financeira sofrível da instituição bem como na falta de apoio e solidariedade por parte da comunidade escolar”.
“Foi-nos comunicado que a Ancorensis entrará com um PER – Programa Especial de Revitalização, situação que se nos afigura deveras estranha, na medida em que estes programas se destinam à revitalização da atividade de empresas em situação económica difícil. E perguntamos: Que atividade? Não será esta uma tentativa de evitar, ou retardar o pagamento de indemnizações aos trabalhadores, uma vez que serão os principais credores da instituição?”, questionou a USVC.
A estrutura sindical agendou para a próxima terça-feira, às 14:00, um plenário geral de trabalhadores “para discutir as iniciativas a tomar” e revelou ter solicitado à instituição “que proceda o mais rapidamente possível à comunicação do despedimento, para que os trabalhadores possam encetar formas de luta”.
A USVC adiantou que da reunião com presidente da Câmara, o socialista Miguel Alves, saiu “o compromisso de acompanhamento do processo de despedimento” e que “ao contrário do que aconteceu entre 2010 e 2013, em que foram despedidos cerca de 100 trabalhadores, o presidente e a Câmara de Caminha, não deixarão os trabalhadores à sua sorte”.
Segundo aquela estrutura sindical o autarca revelou já ter marcada, para a próxima terça-feira, uma reunião com os trabalhadores, “onde solicitará os currículos individuais”.
Nesta altura, sublinhou o sindicato, “a prioridade da autarquia é a colocação dos alunos, para de seguida aferir das necessidades de pessoal, decorrentes do acréscimo de alunos nas escolas de Vila Praia de Âncora e Caminha”.
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