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Sindicato dos Jornalistas adverte para “as implicações” do ‘lay-off’
Covid-19
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O Sindicato dos Jornalistas advertiu hoje para “as implicações” do recurso ao ‘lay-off’ no jornalismo, decorrente da pandemia, uma vez que esta decisão vai enfraquecer as redações portuguesas e conduzir a uma “diminuição efetiva” da produção jornalística.
De acordo com um comunicado divulgado hoje, o Sindicato dos Jornalistas “alerta para as implicações do recurso ao ‘lay-off’ no jornalismo”, uma vez que desta decisão “decorre uma diminuição efetiva da capacidade de produção jornalística”.
Apesar de reconhecer que o ‘lay-off’ poderá ser “a melhor solução para algumas situações pontuais” e um “instrumento de alívio financeiro” de curto prazo, o sindicato considera que vai fragilizar as “já enfraquecidas redações de grande parte, se não na totalidade”, dos órgãos de comunicação social portugueses.
O ‘lay-off’ simplificado é uma das medidas aprovadas pelo Governo de resposta à crise provocada pela pandemia de covid-19 e consiste num apoio às empresas de manutenção dos contratos de trabalho.
Os trabalhadores têm direito a receber dois terços da remuneração, assegurando a Segurança Social o pagamento de 70% desse valor, sendo o remanescente suportado pela entidade empregadora.
“Há anos que as redações se debatem com falta de jornalistas para fazerem melhor jornalismo e muito do trabalho realizado é feito em condições de precariedade laboral e financeira, que, neste contexto, se agravará”, prossegue a nota do sindicato, sublinhando que as medidas de apoio aprovadas para o setor do jornalismo devem estar focadas na preservação dos jornalistas e da “pluralidade da informação”.
O Sindicato dos Jornalistas também receia que uma medida que deve ser de alívio temporário “venha servir de expediente” para acentuar a “tendência de encurtar” as redações.
O SARS-CoV-2, responsável pela pandemia da doença covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.
Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 409 mortes e 13.956 casos de infeções confirmadas.
Dos infetados, 1.173 estão internados, 241 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 205 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.
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Quase 70% dos concelhos portugueses estão em risco extremo devido ao número de casos de covid-19, tendo registado uma taxa de incidência acumulada superior a 960 por 100 mil habitantes, entre 05 e 18 de janeiro, segundo dados oficiais.
De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), estão neste patamar 215 dos 308 concelhos portugueses (69,8%).
Na última análise, divulgada a 18 de janeiro, existiam 155 concelhos nestas condições, número que era quase o triplo do verificado na análise anterior.

A Comissão Europeia classificou esta segunda-feira Portugal no nível máximo de risco, e desaconselhou “fortemente” todas as viagens com origem ou destino para Portugal.
Segundo Bruxelas, os passageiros que chegam do país a outro estado-membro devem ser colocados numa quarentena até 14 dias, devendo ainda realizar um teste de covid-19 à partida.
O território continental junta-se assim a Espanha, a várias regiões de Itália e a países do centro e norte da Europa como as abrangidas pela nova cor vermelho escuro que a Comissão Europeia acrescentou ao mapa do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, sobre a situação epidemiológica no continente.
Portugal registou esta segunda-feira e mais 252 mortos e 6.923 novos casos de infeção por covid-19, em relação a domingo, segundo o boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim, desde o início da pandemia até hoje registam-se 643.113 casos de infeção confirmados e 10.721 mortes. Há ainda mais 5.266 recuperados. O boletim indica ainda o número acumulado de 643.113 casos recuperados.

Uma equipa internacional de astrónomos, incluindo portugueses, descobriu um sistema formado por seis planetas que desafia as teorias de formação e evolução planetária, divulgou hoje o Observatório Europeu do Sul (OES).
Cinco dos seis planetas orbitam a estrela-hospedeira TOI-178 de forma harmoniosa, um facto raro, mas todos estão “desalinhados” pela sua densidade, que varia de planeta para planeta e é estimada em função do seu tamanho e massa.
Para o coordenador do estudo, Adrien Leleu, das universidades de Genebra e Berna, na Suíça, o “contraste entre a harmonia rítmica dos movimentos orbitais e as densidades desordenadas desafia claramente a compreensão da formação e evolução dos sistemas planetários”.
No trabalho, que revela o sistema de seis planetas que orbitam a estrela TOI-178, a cerca de 200 anos-luz da Terra, participaram investigadores portugueses das universidades de Lisboa, Porto e Coimbra e do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).
Segundo Sérgio Sousa, do IA, que coordena as observações e os resultados científicos de um dos instrumentos que foram utilizados para “caçar” estes planetas extrassolares, “este sistema complexo apresenta mais pistas e restrições para uma teoria global que possa explicar a formação e evolução de planetas”.
“Do ponto de vista de teorias de formação, é mais difícil explicar o que pode ter acontecido para que uma mesma nuvem de gás que formou esta estrela e os seus planetas possa levar a uma diversidade e mistura não ordenada de densidades”, disse à Lusa o astrónomo.
No Sistema Solar, os planetas estão dispostos de forma ordenada, com os rochosos como a Terra, mais densos, mais próximos do Sol e os gasosos como Neptuno, menos densos, mais afastados.
Em contrapartida, no sistema TOI-178 “parece haver um planeta tão denso como a Terra mesmo ao lado de um planeta com metade da densidade de Neptuno, seguido por um planeta com a densidade de Neptuno”, assinala Nathan Hara, da Universidade de Genebra, também envolvido na investigação e citado no comunicado do OES, cujo telescópio VLT, no Chile, entre outros, foi usado nas observações, a par do satélite CHEOPS, da Agência Espacial Europeia.
Mais do que uma “curiosidade orbital”, a forma sincronizada com que cinco dos seis planetas “dançam” em torno da sua estrela indicia que o sistema planetário TOI-178 “evoluiu bastante suavemente desde o seu nascimento”, segundo o astrónomo e coautor do estudo Yann Alibert, da Universidade de Berna.
“Se o sistema tivesse sido significativamente perturbado no início da sua vida, por exemplo por um impacto gigante, esta frágil configuração de órbitas não teria sobrevivido”, esclarece o comunicado do OES, organização astronómica da qual Portugal faz parte.
Os planetas do sistema TOI-178 orbitam a sua estrela “muito mais perto e com maior velocidade” do que a Terra gira em torno do Sol. O mais interior, o que está mais próximo da estrela e que, de acordo com Sérgio Sousa, “não tem uma sincronização clara do ponto de vista de dinâmica do sistema de planetas”, completa uma órbita em “apenas alguns dias”, adianta o OES.
Alguns dos planetas são rochosos, mas maiores do que a Terra, outros são gasosos, embora muito mais pequenos do que os gigantes gasosos do Sistema Solar.
Os resultados do estudo foram publicados na revista da especialidade Astronomy & Astrophysics.
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