Sindicato diz que lixo acumula nas ruas do distrito de Braga e que a culpa é das Câmaras

Ambiente

A direção regional de Braga do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins veio hoje a público afirmar que as autarquias são responsáveis pelo acumular de resíduos verificado em contentores do distrito de Braga nos últimos tempos, considerando que essa acumulação prejudica os trabalhadores e a população.

Para o STAL, os contentores cheios são “uma consequência direta” das políticas autárquicas, a quem acusa de “desinvestimento em equipamentos e nos trabalhadores que desempenham esta atividade penosa e insalubre sem as devidas condições laborais e com baixos salários”.

“Os trabalhadores são os principais interessados – porque também os mais diretamente afectados – em que o lixo não se acumule nos contentores, situação que os prejudica duplamente, na medida em que representa um esforço maior na sua recolha e um risco acrescido para a sua saúde”, descreve o sindicato.

Os “baixos salários” são outro motivo de “extremo desgaste e desmotivação” para estes trabalhadores.

O STAL recorda a recente greve de 24 horas na BRAVAL (em 01 de agosto) como uma “resposta dos trabalhadores à atitude da administração da empresa (nomeada pelos municípios) em não dar aumentos salariais há dois anos, e a não cumprir totalmente o Acordo de Empresa em vigor”, estabelecido com o sindicato.

O STAL frisa que a “ausência de uma política responsável de gestão dos resíduos urbanos na região é, única e exclusivamente, da responsabilidade dos municípios de Braga, Vila Verde, Terras do Bouro, Amares, Vieira do Minho e Póvoa do Lanhoso, e conduziu à situação que atualmente se vive, e que tem levado a população a manifestar publicamente o seu descontentamento, pois pode estar em causa a saúde pública”.

Apesar de culpar as autarquias, o STAL também aponta o dedo às entidades privadas, como é o caso da Rede Ambiente, responsável pela recolha em Vila Verde, onde se têm verificado diversas falhas no serviço ao longo dos últimos anos, “provocando o compreensível desagrado da população”.

Para o STAL, a resolução dos problemas na gestão dos resíduos urbanos “tem de incluir um investimento público sério, com a valorização e a contratação de mais trabalhadores, melhores condições laborais (no respeito pelas normas de Saúde e Segurança no Trabalho) e equipamentos adequados (nomeadamente mais e melhores viaturas)”.

O STAL considera que os municípios “não podem continuar a enjeitar a sua responsabilidade social e política para com as populações, a descomprometerem-se directamente com a gestão dos resíduos urbanos, escondendo-se passivamente atrás das empresas privadas a quem delegam o compromisso assumido, numa manifesta falta de sentido de Serviço Público”.

 
Total
0
Partilhas
Artigos Relacionados
x