A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) alertou esta terça-feira para o agravamento da média de idades do efetivo da PSP após a passagem à pré-aposentação de “apenas 400 polícias”, quando estavam previstos 800 em 2018.
Em comunicado, a ASPP dá conta que foi hoje publicada em ordem de serviço a passagem de 400 polícias à pré-aposentação, contrariando os 800 previstos no estatuto profissional da PSP.
O maior sindicato da PSP considera “inadmissível a postura do Governo e não compreende quais os motivos que levam a que a PSP não tenha, nesta matéria, o mesmo tratamento da GNR”.
A ASPP alerta também para o “perigo que resulta para a segurança pública o incumprimento da lei”.
Segundo este sindicato da PSP, a medida “reduz significativamente o número de transferências de Lisboa para o resto do país” e vai agravar a média de idades do efetivo nos comandos da PSP mais pequenos.
Como exemplo, referiu que vão ocorrer quatro transferências para os comandos de Viana do Castelo, Vila Real e Bragança, e três para Évora, enquanto no Porto, o segundo maior comando da PSP do país, vão sair 36 polícias.
“O envelhecimento do efetivo, que é desta forma promovido pelo Governo, não só coloca em causa a segurança dos profissionais da Polícia, agravando a média de idades dos comandos do interior, como afeta a qualidade do serviço prestado e a segurança pública”, refere ainda a ASPP.
A passagem à pré-reforma de 800 polícias tem sido uma das principais reivindicações da ASPP, que recentemente realizou protestos junto ao Ministério das Finanças para exigir a publicação desta lista.
No comunicado de hoje, a ASPP recorda que vai participar, a 25 de outubro, na manifestação conjunta de todas as polícias.