O coordenador da União de Sindicatos de Braga é o candidato da CDU à Câmara de Terras de Bouro e apontou “a melhoria de acessibilidades e o combate à sazonalidade do turismo” no concelho como prioridades.
Em declarações à Lusa, Joaquim Daniel apontou como objetivo da CDU para aquele município do distrito de Braga “manter o camarada eleito” na assembleia municipal e “recuperar a junta de Vilar da Veiga”, no Gerês.
Segundo o candidato, Terras de Bouro tem “problemas estruturais que os sucessivos executivos não resolveram”, nomeadamente os acessos e a sazonalidade do turismo.
“A falta de acessos ou a má condição dos existentes são um problema que trava o crescimento de Terras de Bouro e tem que haver planeamento e estratégia para se poder aproveitar a chamada “bazuca europeia” para resolver esta questão”, disse.
Para Joaquim Daniel “é impossível um concelho sem acessos em condições atrair empresas e criar postos de trabalho”.
Num concelho cuja economia está muito dependente do turismo, defendeu o candidato da CDU, “a sazonalidade que marca a atividade turística é um problema”.
“É preciso encontrar formas de combater a sazonalidade do turismo em Terras de Bouro. Desde o uso das termas em prol do concelho e não apenas do lucro, como acontece com a atual concessão, ao aproveitamento de recursos que não estão a ser explorados como podiam estar”, enumerou.
Entre estes recursos, disse, estão as albufeiras das barragens: “A região tem várias barragens com profundidade suficiente para instalar equipamentos para serem usados, durante o inverno, por desportistas, nomeadamente da canoagem, que são dos países nórdicos, onde não têm condições para treinar no verão”, referiu.
Em 2017, o PSD ganhou as eleições autárquicas em Terras de Bouro com 35,07% dos votos (dois vereadores eleitos) seguindo-se o movimento Terras do Bouro Nosso Partido com 31,13% dos votos (dois vereadores), o PS com 28,56% de votos (um vereador) e o PCP-PEV com 2,13% dos votos, sem vereadores eleitos.
Às eleições de 26 de setembro concorrem Filipe Mota Pires (PS), Manuel Tibo (PSD) e João Madeira (Chega) e Joaquim Daniel (CDU).