Sete jovens suspeitos de tráfico de droga vão ser libertados da medida de prisão preventiva por ordem da juíza que conduz o processo, uma vez que, diz a magistrada, a cadeia de Braga não dispõe das condições de distanciamento impostas pelo decreto do Governo, para combater a pandemia de covid-19.
Segundo escreve o Jornal de Notícias, citando a juíza, a decisão surge após “ter sido declarada pela Organização Mundial de Saúde a pandemia por SARS-CoV-2 (Covid-19), a par do estado de emergência em que nos encontramos e que, com elevada probabilidade, será prolongado a partir dos próximos dias, além do apelo das Organização das Nações Unidas efetuado no tocante à população prisional, em particular os mais vulneráveis”.
Presos preventivamente no Estabelecimento Prisional de Braga, os jovens beneficiam da decisão da juíza por aquela cadeia não comportar condições para “o distanciamento recomendado pela Direção Geral da Saúde e a Organização Mundial de Saúde”, “isto em decorrência da sobrelotação das prisões”, e que pode trazer “consequências gravosas, caso ocorra foco de contaminação”.
Por esta altura, já deveria ser conhecida a sentença do grupo que traficava drogas duras nos distritos de Braga e Porto, mas face às condicionantes impostas pela chegada da covid-19, o julgamento foi sucessivamente adiado.
Ao que apurámos, os jovens ficarão em prisão domiciliária enquanto aguardam o retomar das sessões de tribunal.