O treinador do Vitória, Sérgio Conceição, disse esta sexta-feira querer uma equipa que combata a agressividade e a vontade do Boavista para poder triunfar no jogo da 11.ª jornada da Liga portuguesa de futebol.
O técnico dos vimaranenses, alertado para as declarações do técnico ‘axadrezado’, Petit, que disse que a sua equipa iria deixar a ‘pele’ em campo, não se mostrou surpreendido, e afirmou, na antevisão à partida, que a equipa vai procurar combater essa ‘imagem de marca’ do próximo adversário.
“Queremos deixar a ‘pele’ e o ‘corpo’. Queremos deixar tudo em campo. Temos de igualar a vontade, a agressividade e a presença que eles têm em todos os duelos e, depois, como equipa, sermos mais fortes, individualmente e coletivamente”, explicou.
O timoneiro da formação vitoriana, atual 13.ª classificada, admitiu que os boavisteiros são, historicamente, um adversário “difícil”, principalmente no Estádio do Bessa, onde um candidato ao título, o Sporting, já ‘perdeu’ pontos.
“É uma equipa que, principalmente em casa, é consistente defensivamente, que trabalha muito esse momento do jogo e que é agressiva. É uma equipa que não fez muitos golos, mas, em todos os jogos que vi, é uma equipa que acaba sempre por criar situações”, analisou.
O Boavista trocou, nesta época, o relvado sintético por um natural e apenas venceu um jogo em casa, com o Tondela, na segunda jornada, por 1-0, mas Sérgio Conceição recusou que tal possa tornar o jogo mais fácil para o Vitória.
“A equipa do Boavista, no ano passado, tinha a mais-valia de jogar num relvado em que a maioria dos jogadores não estava habituada. O Sporting foi ao Bessa e perdeu pontos. O Marítimo ganhou num jogo equilibrado e o Paços igualmente. Temos de analisar o Boavista pela equipa que é”, frisou.
Ausente durante três semanas da competição, a turma de Guimarães usufruiu de uma paragem que, para o treinador, foi “benéfica”, pois permitiu trabalhar “aspetos muito importantes” e aos jogadores terem um “conhecimento maior do que a equipa técnica pensa”.
“Houve tempo para analisar o estado dos jogadores em termos físicos. Não queríamos estar parados na Taça de Portugal. Tivemos essa possibilidade de ter três semanas para trabalhar e são mais três semanas de conhecimento a todos os níveis, físico e tático”, considerou.
O técnico comentou ainda o eventual reforço do plantel, tendo dito que, apesar de, a nível pessoal, discordar com a existência do ‘mercado’ de janeiro, tem falado com os dirigentes vitorianos.
“O Vitória deu-me a oportunidade de treinar a equipa principal, com a oportunidade de ir buscar jogadores à equipa B. Não estou obcecado que chegue o ‘mercado’ de janeiro. Vamos falando diariamente com a direção, mas sobre casos pontuais da equipa”, disse.
Boavista, 14.º classificado, com nove pontos, e Vitória, 13.º, com 10, defrontam-se, no Estádio do Bessa, no Porto, no sábado, pelas 18h30, num jogo que vai ser arbitrado por Fábio Veríssimo, da associação de Leiria.